Como a Biologia pode ser ensinada sem a eterna decoreba?
AUTOR(ES)
Gonçalves, Larissa Oliveira
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010
RESUMO
O campo das Ciências Biológicas possui uma série de vocábulos que, muitas vezes, não são apropriados pelos alunos. Esses precisam literalmente decorar centenas de nomes que, provavelmente, esquecerão ao longo do tempo. Podemos começar a tecer considerações a respeito da presença de tantos termos e conceitos na Biologia escolar, levando em consideração a importância que eles tiveram na consolidação do campo das Ciências Biológicas e pensando que as demandas de ordem socioeconômica também desempenharam um papel importante na seleção dos conteúdos biológicos da escola. Assim, os objetivos deste trabalho foram: contextualizar o Ensino de Biologia atual; investigar como os professores se relacionam com a nomenclatura rebuscada que envolve essa disciplina e se isso interfere no interesse que os alunos tem por ela. O trabalho seguiu estratégias de investigação e análise qualitativa. Para isso, inicialmente, foram realizadas entrevistas com alunos do segundo ano do Ensino Médio de duas escolas públicas de Porto Alegre, uma federal e outra estadual. Além dos alunos, dois professores também foram entrevistados e foi realizada uma análise dos materiais por eles utilizados. Através das entrevistas foi organizada uma tabela de dados com a opinião dos alunos e professores, sendo estabelecidas categorias de respostas para facilitar a interpretação. Foi, ainda, observada a relação entre as entrevistas e os materiais utilizados para ensinar Biologia. Através da análise das entrevistas pude perceber o contexto do ensino de Biologia atual e constatar que os professores consideram o excesso de nomenclatura dispensável, embora o mantenham em seus materiais; os alunos não gostam e consideram desnecessário o excesso de nomenclaturas relacionado à Biologia. Enfim, poderá um dia o Ensino de Biologia desenvolver novas estratégias que problematizem a “decoreba” como sendo a melhor forma de aprender?
ASSUNTO(S)
ACESSO AO ARTIGO
http://hdl.handle.net/10183/26155Documentos Relacionados
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