Colecistectomia laparoscópica versus minilaparotômica na colelitíase: revisão sistemática e metanálise

AUTOR(ES)
FONTE

ABCD, arq. bras. cir. dig.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-06

RESUMO

INTRODUÇÃO: A introdução da técnica laparoscópica em 1985 foi um fator importante na colecistectomia por representar técnica menos invasiva, resultado estético melhor e menor risco cirúrgico comparado ao procedimento laparotômico. OBJETIVO: Comparar a colecistectomia laparoscópica e a minilaparotômica no tratamento da colecistolitíase. MÉTODOS: Realizou-se busca eletrônica nas bases de dados Medline, Embase, Cochrane e Lilacs. Os descritores utilizados foram "Cholecystectomy", "Cholecystectomy, Laparoscopic" e "Laparotomy". A qualidade metodológica dos estudos primários foi avaliada pelo sistema Grade. RESULTADOS: Foram incluídos dez ensaios clínicos randomizados, totalizando 2043 pacientes, sendo 1020 no grupo Laparoscopia e 1023 no grupo Minilaparotomia. A colecistectomia laparoscópica dispensou menor tempo de permanência hospitalar (p<0,00001) e de retorno às atividades laborais (p<0,00001) comparado à minilaparotomia, e esta menor tempo cirúrgico (p<0,00001) comparado à laparoscopia. A laparoscopia diminuiu o risco de dor pós-operatória (NNT=7) e de complicações infecciosas (NNT=50). Não houve diferença estatística entre os dois grupos em relação à conversão (p=0,06) e reintervenções cirúrgicas (p=0,27), perfuração da vesícula (p=0,98), incidência de injúria do ducto biliar comum (p=1,00), infecção de sítio operatório (p=0,52) e íleo paralítico (p=0,22). CONCLUSÃO: Na colecistolitíase, a colecistectomia laparoscópica está associada à menor incidência de dor pós-operatória e complicações infecciosas, assim como menor tempo de internação hospitalar e tempo de retorno às atividades laborais se comparada à colecistectomia minilaparotômica.

ASSUNTO(S)

colecistectomia laparoscopia minilaparotomia revisão sistemática

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