Cognitive stimulation workshops for elderly illiterate people with mild cognitive impairment / Oficinas de estimulação cognitiva em idosos analfabetos com transtorno cognitivo leve
AUTOR(ES)
Izabel Borges dos Santos
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010
RESUMO
Introdução: As oficinas de Estimulação Cognitiva para idosos analfabetos com Transtorno Cognitivo Leve é tema pouco explorado no Brasil. Objetivos: Analisar o desempenho cognitivo de indivíduos idosos analfabetos com diagnóstico de Transtorno Cognitivo Leve (TCL) antes e após a realização de Oficinas de Jogos e Brincadeiras de Estimulação Cognitiva, adaptadas para uso em indivíduos analfabetos; determinar o perfil sócio-econômico-demógraficos desses idosos; verificar a percepção dos idosos sobre sua memória e identificar os benefícios e contribuições das Oficinas na percepção dos idosos. Material e Método: Trata-se de pesquisa social quantiqualitativa, utilizando o método de pesquisa-ação A amostra foi composta por 63 idosos (≥ 60anos) analfabetos com TCL, sendo 22 no Grupo Experimental (GE), que participaram das 10 Oficinas de Estimulação Cognitiva; Grupo Controle 1 (GC1), com 21 idosos, que tiveram 10 palestras sobre a saúde; e Grupo Controle 2 (GC2), com 20 idosos, nos quais não foi aplicada intervenção alguma. Foram feitos os seguintes testes: Miniexame do Estado Mental (MEEM), Memória de Lista de Palavras (MLP), Fluência Verbal (FV) e Teste Computadorizado de Atenção Visual (TCA). A análise dos dados foi do programa SPSS, Skewness, teste qui quadrado e método de Bardin. Resultados: Os idosos estudados tinham idade média de 72,8 7,16 anos, sendo 92% do sexo feminino, do lar, viúvos ou casados, sem aposentadoria própria e com renda média de um salário mínimo. 82% dos idosos relataram piora da memória ao longo do último ano, havendo uma mudança significativa de sua percepção de forma positiva após participação nas dez oficinas e palestras (GE e GC1, respectivamente). Nos três grupos, os comentários dos idosos sobre sua memória no pré-teste foram feitos de forma simples e pessimista. No pós-teste, os participantes dos GC1 e GC2 mantiveram os mesmos esquecimentos, enquanto os do GE se destacaram nas categorias: melhora na cognição, socialização/integração, mudança nas atividades de vida diária e satisfação com as oficinas. Os idosos do GE obtiveram maior escore no MEEM, significativamente maior que os do GC2. Os idosos do GE obtiveram significativamente maiores escores no item atenção e cálculo do MEEM, no teste de MLP e no teste FV. No TCA, não surgiu diferença significativa entre os três grupos. Conclusão: As Oficinas oferecidas tiveram destaque na melhoria da cognição, da percepção positiva da memória e da funcionalidade do idoso em tarefas simples; geraram aprendizagem, socialização e integração, assim como diversão e satisfação. Intervir com oficinas ou palestras educativas em saúde obteve-se o mesmo efeito no MEEM. As oficinas foram eficazes na melhora da memória verbal de longo prazo e fluência verbal. Há necessidade de pesquisas a fim de mensurar o tempo de permanência dos benefícios encontrados.
ASSUNTO(S)
mild cognitive impairment transtorno cognitivo leve idoso analfabeto estimulação cognitiva cognitive stimulation elderly illiterate ciências da saúde
ACESSO AO ARTIGO
http://www.bdtd.ucb.br/tede/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1231Documentos Relacionados
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