Clinical and funcional analisis of the objective patellofemoral instability / Analise clinica e funcional da instabilidade patelofemoral objetiva

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

Das anormalidades que envolvem a articulação do joelho, a disfunção do aparelho extensor é um dos problemas mais freqüentemente encontrados na prática ortopédica. Para abranger toda a complexidade de investigação da locomoção necessita-se de informações qualitativa e quantitativa da cinética (momentos e forças) e cinemática (ângulos). O objetivo do estudo foi identificar e analisar as alterações biomecânicas dos indivíduos com instabilidade patelofemoral objetiva durante a marcha. A amostra foi composta de 10 indivíduos com instabilidade patelofemoral (grupoI), média de idade de 25,6 (±7,6) anos, média de altura de 1,63 (±0,06) m e média de peso de 63,3 (±13,52) kg; e, 14 indivíduos sem história de lesão músculo-esquelética (grupo controle ou grupo II), com média de idade de 24,14 (±2,71) anos, média de altura de 1,63 (±0,05) m e média de peso de 59,43 (±10,02) kg. Ambos os grupos foram submetidos a uma análise cinemática e cinética, onde os mesmos caminharam em velocidade livre, numa passarela de 10 m de comprimento. As imagens foram filmadas por seis câmeras do sistema Qualysis, que capturou os sinais de marcadores reflexíveis posicionados no membro inferior das voluntárias. Paralelamente, aplicou-se no grupo I uma avaliação clínica do grau de funcionalidade dos joelhos lesados, onde a pontuação os classificou como funcionalmente ruins; e, um exame físico, onde ambos os membros apresentaram-se estatisticamente semelhantes. A análise dos dados cinemáticos e cinéticos foi realizada pelo programa Qgait que mostrou menor flexão de joelho, nas fases de apoio e balanço (p<0,0001); menor momento extensor de joelho, no apoio (p<0,0001); e, maior força de reação do solo (p=0,4094), no grupo de pacientes em relação ao controle. Foram avaliados também parâmetros espaços-temporais como velocidade (p=0,0053), cadência (p=0,0376) e comprimento da passada (p=0,0021), onde o grupo I apresentou valores inferiores comparado ao grupo controle. Já no período de apoio (p=0,1186), o grupo I superou o grupo II. Estes resultados sugerem que o grupo I utilizou várias estratégias durante a marcha, na tentativa de reduzir a dor e a pressão na articulação patelofemoral. Entretanto, a força de reação do solo não foi reduzida, o que poderá resultar em danos a outras articulações, em longo prazo, devido a cargas repetitivas na articulação tíbiofemoral.

ASSUNTO(S)

patellofemoral pain syndrome síndrome da dor patelofemural gait biomechanics biomecanica marcha

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