Clevelândia, Oiapoque: cartografias e heterotopias na década de 1920
AUTOR(ES)
Romani, Carlo
FONTE
Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011-12
RESUMO
Apesar da área de fronteira do rio Oiapoque, no Amapá, ter sido integrada à soberania brasileira no ano de 1900, a efetiva colonização brasileira daquela área limítrofe somente ocorreu na década de 1920. A estratégia do governo federal foi implantar uma colônia agrícola projetada: Clevelândia. Essa colônia agrícola transformou-se em uma colônia penal entre 1924 e 1927, o que fez com que seu experimento fracassasse. O povoamento dirigiu-se, então, à antiga vila vizinha de Martinica, uma comunidade de negros e ribeirinhos, chamada depois de Oiapoque. Este artigo apresenta as relações humanas e sociais estabelecidas nesses lugares em três tempos distintos: o da colônia agrícola, o da colônia penal e o da nova comunidade. As fontes documentais existentes foram usadas para refazer mapas datados desses lugares. A partir dessa 'cartografia', pretende-se compreender como se criaram relações entre os indivíduos que, por razões diversas, transitaram nesse espaço naquele período. Apesar de haver uma hierarquização oficial do espaço, a prática vivida pelos indivíduos o reinventou, criando relações sociais não pensadas pelos modos dominantes do poder, as 'heterotopias'.
ASSUNTO(S)
colônia agrícola colônia penal clevelândia oiapoque amapá
Documentos Relacionados
- Intercessões, periferias e heterotopias nas cartografias da sexualidade
- MODERNISMO MINEIRO: SOCIABILIDADE E PRODUÇÃO INTELECTUAL NA DÉCADA DE 1920
- A ponte sobre o rio Oiapoque: uma ponte transoceânicaentre o Brasil e a França; o Mercosul e a União Européia?
- Cartografias e imagens da cidade : Campinas Grande - 1920-1945
- Consolidação do sistema bancario em São Paulo na decada de 1920