Cleptomania: características clínicas e tratamento
AUTOR(ES)
Grant, Jon E, Odlaug, Brian L
FONTE
Revista Brasileira de Psiquiatria
DATA DE PUBLICAÇÃO
03/08/2007
RESUMO
OBJETIVOS: A cleptomania, um transtorno incapacitante do controle dos impulsos, caracteriza-se pelo furto repetitivo e incontrolável de itens que são de pequena utilidade para a pessoa acometida por esse transtorno. Apesar de seu histórico relativamente longo, a cleptomania continua sendo pouco entendida pelo público geral, pelos clínicos e pelos que dela sofrem. MÉTODO: Este artigo revisa a literatura sobre o que se sabe a respeito das características clínicas, histórico familiar, neurobiologia e opções de tratamento para indivíduos com cleptomania. RESULTADOS: A cleptomania geralmente tem seu início no final da adolescência ou no início da vida adulta, e parece ser mais comum em mulheres. A comorbidade psiquiátrica ao longo da vida com outros transtornos de controle de impulsos (20-46%), de uso de substâncias (23-50%) e de humor (45-100%) é freqüente. Indivíduos com cleptomania sofrem de prejuízo significativo em sua capacidade de funcionamento social e ocupacional. A cleptomania pode responder ao tratamento com terapia cognitivo-comportamental e com várias farmacoterapias (lítio, antiepilépticos e antagonistas de opióides). CONCLUSÕES: A cleptomania é um transtorno incapacitante que resulta em uma vergonha intensa, bem como problemas legais, sociais, familiares e ocupacionais. São necessários estudos de tratamento em ampla escala.
ASSUNTO(S)
transtornos do controle de impulso farmacoterapia comorbidade roubo características de estudos
Documentos Relacionados
- Frequência de chiado, características clínicas e tratamento em lactentes
- Tumor sólido pseudopapilífero do pâncreas: características clínicas, diagnóstico e tratamento
- Esclerite: características clínicas, associação sistêmica, tratamento e evolução de 100 pacientes
- Mulheres em tratamento ambulatorial por abuso de álcool: características sociodemográficas e clínicas
- Esclerite posterior: características clínicas, associação sistêmica, tratamento e evolução de 23 pacientes