Cisto de colédoco na infância: revisão de 30 casos
AUTOR(ES)
Forny, Danielle Nunes, Ferrante, Saulo Marcos Rebello, Silveira, Vinícius Gomes da, Siviero, Ivonete, Chagas, Vera Lucia Antunes, Méio, Ivens Baker
FONTE
Rev. Col. Bras. Cir.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2014-10
RESUMO
Objetivo: analisar e discutir os dados clínicos, o diagnóstico e tratamento de uma série de pacientes portadores de dilatações císticas do colédoco de um hospital pediátrico brasileiro.Métodos: foram analisados 30 pacientes tratados no Instituto de Pediatria e Puericultura Martagão Gesteira da Universidade Federal do Rio de Janeiro durante 23 anos, com análise estatística de dados epidemiológicos, manifestações clínicas, diagnóstico, tratamento e evolução pós-operatória.Resultados: foi observada marcada predominância do sexo feminino (73,4% dos casos), sendo o diagnóstico feito na primeira década de vida em 90% dos pacientes. A manifestação clínica mais prevalente foi a icterícia (70% dos casos) e a tríade clássica do cisto de colédoco não foi observada. A ultrassonografia abdominal foi o primeiro exame de imagem realizado, demonstrando sensibilidade de 56,6%, com definição diagnóstica em 17 crianças. Dois pacientes (6,6%) tiveram diagnóstico pré-natal. Todos os pacientes foram submetidos a tratamento cirúrgico, sendo a ressecção do cisto com hepaticojejunostomia com Y de Roux realizada em 80% dos casos. A incidência de complicações pós-operatórias foi 13,3% e a taxa de mortalidade foi 6,6%, ou seja, dois pacientes com diagnóstico de doença de Caroli.Conclusão: a não observação da tríade clássica do cisto de colédoco nos pacientes avaliados sugere que a sua incidência seja menor que a relatada na literatura médica mundial. O tratamento cirúrgico dos cistos de colédoco, com sua ressecção e anastomose bíleodigestiva é seguro, mesmo em crianças pequenas.
ASSUNTO(S)
cisto do colédoco icterícia ducto biliar anastomose em y de roux colangiocarcinoma criança