Cirurgia reconstrutiva da valva aórtica

AUTOR(ES)
FONTE

Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery

DATA DE PUBLICAÇÃO

2003-12

RESUMO

OBJETIVO: Por falta de um substituto valvar ideal e motivados pelos bons resultados obtidos com a plástica da valva mitral, passamos, a partir de 1990, a encarar, com determinação, também a cirurgia reconstrutiva da valva aórtica. O objetivo deste trabalho é apresentar nossa experiência com este tipo de procedimento. MÉTODO: De janeiro de 1990 a dezembro de 2001, foram realizadas 136 plásticas da valva aórtica. Setenta e cinco (55,1%) pacientes eram mulheres e a idade variou de 4 a 70 anos (x = 23,3 ± 1,16 anos). Todos eram portadores de disfunção valvar de origem reumática, sendo a insuficiência o tipo mais freqüente (108 pacientes-79,4%), seguida pela dupla lesão (16 pacientes - 11,7%) e pela estenose (12 pacientes - 8,8%).Os procedimentos empregados na reconstrução foram: anuloplastia subcomissural em 74 (54,4%) pacientes; comissurotomia em 38 (27,9%); ampliação de cúspide com pericárdio bovino em 17 (12,5%); substituição de uma cúspide em 2 (1,4%); suspensão de cúspide por plicatura em 37 (27,2%) e remodelação do seio de Valsalva em 27 (19,8%). A operação foi realizada apenas na valva aórtica em 57 (41,9%) pacientes e associada em 79 (troca de valva mitral em 12; plástica mitral em 65; revascularização do miocárdio em 1 e comissurotomia pulmonar em 1). RESULTADOS: Três (2,2%) pacientes faleceram na internação e 22 (16,2%) necessitaram de reoperação durante o seguimento (x - 57,7 ± 3,5 meses). CONCLUSÕES: A cirurgia reconstrutiva da valva aórtica é um procedimento seguro, pode ser realizado em um número significativo de pacientes e os resultados são promissores.

ASSUNTO(S)

valva aórtica insuficiência da valva aórtica estenose da valva aórtica

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