CIRURGIA DE HÉRNIA DISCAL LOMBAR: TÉCNICA ABERTA X MINIMAMENTE INVASIVA

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FONTE

Coluna/Columna

DATA DE PUBLICAÇÃO

2021-03

RESUMO

RESUMO Objetivos: No Brasil, não há estudos que comparem o tratamento endoscópico de hérnia de disco lombar no SUS (Sistema Único de Saúde) com a técnica aberta convencional, no que diz respeito aos resultados com relação ao tempo de internação e complicações ocorridas em um ano, o que vem a ser o objetivo deste estudo. Métodos: Levantamento de 32 cirurgias realizadas em 2019 (11 por via aberta e 21 por via endoscópica) para avaliar os parâmetros de dor antes e depois da cirurgia (EVA), dias de internação e complicações. Os dados foram submetidos à análise estatística (ANOVA) com o teste de Kruskal-Wallis. Resultados: Catorze pacientes eram do sexo feminino e 18 do sexo masculino, com média de idade de 41,35 anos (p > 0,05 para os dois sexos). A EVA de dor irradiada para o membro inferior no pré e pós-operatório foi semelhante entre os grupos: 8,5 ± 0,82 com a técnica aberta e 8,19 ± 1,15 com a técnica endoscópica. Em ambos os grupos houve melhora do padrão de dor com redução significativa da EVA (p < 0,05) e não houve relevância estatística entre os grupos quanto à melhora do dor. Na comparação das diárias de internação necessárias houve relevância estatística entre os grupos, sendo que o grupo submetido à endoscopia teve número menor de diárias. As complicações relatadas são compatíveis com as encontradas na literatura (disestesia pós-operatória, nova herniação). Conclusões: A técnica endoscópica resultou em redução importante do número de dias de internação, fator com alto impacto nos custos de qualquer procedimento cirúrgico, que pode ser determinante para viabilizar técnicas minimamente invasivas. Nível de evidência IV; Estudo Terapêutico.

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