Ciência, técnica e cultura: relações entre risco e práticas de saúde
AUTOR(ES)
Czeresnia, Dina
FONTE
Cadernos de Saúde Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
2004-04
RESUMO
Este artigo tem como objetivo discutir conseqüências culturais dos discursos e práticas voltados à capacitação dos sujeitos para a escolha racional e informada de riscos, calculados com base no conhecimento científico. O conceito de risco epidemiológico é um dos elementos centrais deste processo, especialmente no contexto das práticas de saúde. Inicialmente é apresentada uma breve caracterização do conceito de risco epidemiológico, ressaltando que, como modelo abstrato, reduz a complexidade dos fenômenos que estuda. A apreensão da realidade mediante essa abstração gera valores e significados. A reflexão de Canguilhem sobre as relações entre ciência, técnica e vida é retomada com a perspectiva de aprofundar a compreensão das conseqüências culturais produzidas, que contribuem para a transformação das concepções clássicas de individualidade, autonomia e sociabilidade. Temas vitais cruciais, como individualidade, alteridade, relação com a morte, estão presentes (ocultos) nas questões que envolvem a nuclearidade do risco no mundo atual.
ASSUNTO(S)
risco cultura prática de saúde pública
Documentos Relacionados
- Construindo pontes entre ciência, política e práticas em saúde coletiva
- Sinestesia nas artes: relações entre ciência, arte e tecnologia
- Interface arte, saúde e cultura: um campo transversal de saberes e práticas
- Marx como referencial para análise de relações entre ciência, tecnologia e sociedade
- Ciência, saúde e público