Ciência na periferia: a Unesco, a proposta de criação do Instituto Internacional da Hiléia Amazônica e as origens do Inpa
AUTOR(ES)
Maio, Marcos Chor, Sá, Magali Romero
FONTE
História, Ciências, Saúde-Manguinhos
DATA DE PUBLICAÇÃO
2000-09
RESUMO
Este artigo aborda as tentativas feitas, entre 1945 e 1952, de se criar uma instituição científica na Amazônia, sobretudo a proposta do cientista Paulo Estevão de Berrêdo Carneiro de criação do Instituto Internacional da Hiléia Amazônica (IIHA), com o patrocínio da Unesco. A literatura sobre o tema enfatiza o fracasso do IIHA em decorrência da ideologia nacionalista. Evitando operar com a idéia de êxito/fracasso, sugerimos que os impasses do projeto resultaram também de visões distintas acerca do papel social da ciência no pós-guerra. É destacada ainda a importância das disputas que surgiram nos primórdios da Unesco, quando a agência recém-criada objetivava implementar política de colaboração científica no plano internacional, acima das competições. Os percalços do plano IIHA devem-se também aos frágeis vínculos entre o projeto da Unesco e a comunidade científica brasileira. Contudo, o projeto do IIHA gerou um efeito não previsto: o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).
ASSUNTO(S)
unesco amazônia instituto internacional da hiléia amazônica instituto nacional de pesquisas da amazônia história da ciência comunidade científica sociologia da ciência
Documentos Relacionados
- Desenvolvimento, ciência e política: o debate sobre a criação do Instituto Internacional da Hiléia Amazônica
- A Unesco e o projeto de criação de um laboratório científico internacional na Amazônia
- 4. A Unesco e a política de cooperação internacional no campo da ciência
- UNESCO, mulheres e biopoder no Brasil: alguns apontamentos
- Do centro à periferia: meio ambiente e cotidiano na cidade de São Paulo