Charge política: o poder e a fenda

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1986

RESUMO

Falar da história dessa pesquisa é remontar todo um percurso na busca de uma linguagem que fosse pouco explorada, rica em aplicações semióticas e que, ao mesmo tempo, me fascinasse. Foi por aí que me deparei com a charge, mais especificamente a charge política jornalística. Mergulhar nos mecanismos que a tornam um sistema de linguagem, para então podermos flagrar o diálogo charge/poder, tornou-se a proposta maior desse trabalho. Delimitado o objeto de pesquisa, explodiram as indagações: o que caracteriza o signo "chargico"? Seriam os elementos materialmente perceptíveis da charge-linha, forma, direção, proporção, contraste, movimento, ritmo... - os detonadores do processo de significação? Manteria a charge um diálogo entre o texto e a imagem, no interior do seu corpo gráfico? Seria o humor uma espécie de interpretante máximo da charge, no seu processo de significação? A paródia, discurso dialógico, funcionaria como parâmetro da linguagem da charge, na medida em que esta age na própria formação/deformação do caricaturado? Seria a charge um campo latente onde forças opostas se digladiam, entrecruzam-se, tornando latente a tensão, o conflito e deixando um campo energético, movido a ação-reação, o que a colocaria no universo da secundidade peirceana?

ASSUNTO(S)

comunicacao

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