Ceratoplastia endotelial lamelar profunda em distrofia de Fuchs: relato de caso
AUTOR(ES)
Komatsu, Fernando Trench de Oliveira, Noletto, Stephan, Oliveira, Gilvan Amorim, Ribeiro, Luis Eduardo, Komatsu, Maria Claudia, Moro, Fernando, Cvintal, Tadeu
FONTE
Arquivos Brasileiros de Oftalmologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2004-08
RESUMO
Descrever o caso de paciente portador de distrofia de Fuchs submetido a ceratoplastia endotelial lamelar profunda. O procedimento cirúrgico foi realizado no olho direito em um caso de distrofia de Fuchs com falência endotelial. Realizou-se incisão límbica superior, o estroma corneano foi delaminado e um disco lamelar de 8,5 mm com 0,150 mm de espessura, contendo estroma, membrana de Descemet e endotélio, foi transplantado sem sutura corneana. Foram avaliados: acuidade visual sem e com correção, biomicroscopia, topografia, paquimetria ultra-sônica e densidade endotelial. A paciente apresentava na avaliação pré-operatória acuidade visual com correção de 20/100 (+4,00 DE -3,25 DC x 60º), astigmatismo de 6,6 dioptrias (37,5 a 12º x 44,1 a 102º), espessura paquimétrica de 0,625 mm e contagem endotelial de 720 cel/mm². Após três meses da cirurgia, apresentava-se com acuidade visual com correção de 20/30 (-1,25 DE -0,50 DC x 45º), astigmatismo regular de 1,0 dioptria (37,2 a 75º x 38,2 a 165º), espessura paquimétrica de 0,503 mm e contagem endotelial de 2447 cel/mm². Observaram-se como complicações: corte inadvertido da íris, má coaptação de bordas, dobras do disco doador e nébula na interface. Os resultados preliminares sugerem que a ceratoplastia endotelial lamelar posterior é uma alternativa para o tratamento cirúrgico da distrofia de Fuchs com falência endotelial. Seguimento mais prolongado e maior número de casos são necessários para melhor entendimento e caracterização desta técnica e de suas repercussões.
ASSUNTO(S)
transplante de córnea distrofia endotelial de fuchs relato de caso adulto feminino
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