Ceratite infecciosa no sul do Brasil: comparação entre pacientes com cultura negativa e positiva

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras.oftalmol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-01

RESUMO

Resumo Objetivo: Comparar os perfis clinico-epidemiológicos e os desfechos entre pacientes com ceratite com cultura positiva e pacientes com ceratite com cultura negativa. Métodos: Pacientes com ceratite infecciosa, atendidos em dois hospitais oftalmológicos em Curitiba, Brasil, entre junho de 2014 e abril de 2016, foram estudados prospectivamente. Exame oftalmológico, raspado de córnea e exames microbiológicos foram realizados no primeiro atendimento. Os dados quanto a seguimento e desfecho foram coletados após 12 semanas do primeiro atendimento através de revisão de prontuário. A partir dos resultados das culturas, dois grupos foram formados: ceratite com cultura negativa e ceratite com cultura positiva. Resultados: Vinte e um pacientes foram classificados como ceratite com cultura negativa e 20 como ceratite com cultura positiva. O número de pacientes em uso de colírio antibiótico no primeiro atendimento foi maior no grupo de cultura negativa (90,5% versus 60%; p=0,032). Sete pacientes (37%) no grupo cultura positiva precisaram de procedimentos cirúrgicos no manejo da ceratite, versus 3 pacientes (15%) do grupo cultura negativa (p=0,155). Oitenta e cinco por cento (17/20) dos pacientes do grupo cultura negativa alcançaram sucesso no tratamento, contra 61% (11/18) dos pacientes no grupo cultura positiva (p=0,144). Não houve diferença entre os grupos quanto a idade, gênero, local de procedência, presença de comorbidades, fatores de risco, duração dos sintomas e características da úlcera de córnea. Conclusão: Tratamento prévio com colírio de antibiótico correlaciona-se com resultados negativos de cultura. Não houve diferença no desfecho após tratamento entre os pacientes com cultura negativa e cultura positiva.

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