Casa aristocrática de lavradores: o topos do de re rustica nas epístolas em verso de Sá de Miranda
AUTOR(ES)
Shibata, Ricardo Hiroyuki
FONTE
Tempo
DATA DE PUBLICAÇÃO
13/01/2015
RESUMO
Este artigo procura investigar algumas coordenadas epocais presentes nas epístolas em verso de Francisco de Sá de Miranda (1481-1558). É possível afirmar que a argumentação principal de Sá de Miranda reside na defesa de um "tempo da memória", que deve ser preservado, em oposição estratégica às vicissitudes da expansão marítima portuguesa e do tempo presente. Isso se faz a partir da mobilização da doutrina da "economia" (oeconomia), da "casa" (oikos) e de matéria correlata, cuja vitalidade foi reativada pelo Renascimento, com tradução literária nos lugares-comuns do de re rustica (assunto de agricultura e de camponeses). Dos tempos clássicos até a Idade Moderna, todo esse conjunto normativo não tratava somente das questões de administração da família e da conservação do patrimônio, mas também da agricultura e das relações de amizade.
ASSUNTO(S)
renascimento navegações portuguesas idade moderna
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