Carotid reconstruction in patients operated for malignant head and neck neoplasia
AUTOR(ES)
Nishinari, Kenji, Wolosker, Nelson, Yazbek, Guilherme, Malavolta, Luiz Caetano, Zerati, Antônio Eduardo, Kowalski, Luiz Paulo
FONTE
Sao Paulo Medical Journal
DATA DE PUBLICAÇÃO
2002-07
RESUMO
CONTEXTO: Os pacientes portadores de neoplasia maligna de cabeça e pescoço podem apresentar acometimento simultâneo de grandes vasos devido ao crescimento da massa tumoral. As opções terapêuticas são a quimioterapia, radioterapia, cirurgia ou tratamento combinado. Quando o tratamento cirúrgico é indicado e a veia jugular interna é acometida, normalmente é ressecada sem reconstrução, pois geralmente não há repercussões clínicas importantes. Porém, quando a artéria carótida interna e/ou comum são acometidas, a ressecção sem revascularização normalmente leva a índices de complicações neurológicas elevadas, motivo pelo qual deve ser realizado enxerto arterial. OBJETIVO: Analisar o resultado do tratamento cirúrgico com reconstrução carotídea dos pacientes portadores de neoplasia maligna avançada de cabeça e pescoço. TIPO DE ESTUDO: Prospectivo. LOCAL: Hospital do Câncer A.C. Camargo, São Paulo, SP, Brasil. PARTICIPANTES: 11 pacientes operados por neoplasia maligna avançada de cabeça e pescoço acometendo artéria carótida interna e/ou comum. PRINCIPAIS VARIÁVEIS: Por meio de exame clínico, seguimento ambulatorial e mapeamento dúplex, analisamos a perviedade dos enxertos carotídeos, as complicações vasculares e não-vasculares, recorrência da doença e sobrevida dos pacientes. RESULTADOS: Seis pacientes (54,5%) não apresentaram nenhum tipo de complicação. Houve uma complicação vascular representada por oclusão do enxerto carotídeo com acidente vascular cerebral hemisférico. As complicações não-vasculares ocorreram em cinco pacientes (45,5%). Durante o seguimento, oito pacientes faleceram (72,7%), sendo sete com recidiva tumoral loco-regional e um com metástases pulmonares e hepáticas (média de nove meses após a operação). Sete desses pacientes apresentavam enxerto funcionante. Os três pacientes vivos encontram-se sem recidiva tumoral e com enxertos funcionantes (média de nove meses). CONCLUSÕES: Os pacientes com neoplasia maligna avançada de cabeça e pescoço acometendo artéria carótida tratados cirurgicamente apresentam prognóstico reservado. Quando a artéria carótida interna e/ou comum é ressecada em bloco com o tumor, a reconstrução arterial deve ser realizada, sendo a veia safena magna um substituto vascular adequado.
ASSUNTO(S)
neoplasia cabeça pescoço artéria carótida ressecção vascular enxerto arterial
Documentos Relacionados
- Head and Neck Reconstruction
- Otolaryngology/Head and Neck Surgery: Carotid Artery Grafting in Head and Neck Cancer
- Microvascular free flaps in head and neck reconstruction.
- Antimicrobial prophylaxis for major head and neck surgery in cancer patients.
- Airway management following head and neck microvascular reconstruction: is tracheostomy mandatory?