Carotid reconstruction in patients operated for malignant head and neck neoplasia

AUTOR(ES)
FONTE

Sao Paulo Medical Journal

DATA DE PUBLICAÇÃO

2002-07

RESUMO

CONTEXTO: Os pacientes portadores de neoplasia maligna de cabeça e pescoço podem apresentar acometimento simultâneo de grandes vasos devido ao crescimento da massa tumoral. As opções terapêuticas são a quimioterapia, radioterapia, cirurgia ou tratamento combinado. Quando o tratamento cirúrgico é indicado e a veia jugular interna é acometida, normalmente é ressecada sem reconstrução, pois geralmente não há repercussões clínicas importantes. Porém, quando a artéria carótida interna e/ou comum são acometidas, a ressecção sem revascularização normalmente leva a índices de complicações neurológicas elevadas, motivo pelo qual deve ser realizado enxerto arterial. OBJETIVO: Analisar o resultado do tratamento cirúrgico com reconstrução carotídea dos pacientes portadores de neoplasia maligna avançada de cabeça e pescoço. TIPO DE ESTUDO: Prospectivo. LOCAL: Hospital do Câncer A.C. Camargo, São Paulo, SP, Brasil. PARTICIPANTES: 11 pacientes operados por neoplasia maligna avançada de cabeça e pescoço acometendo artéria carótida interna e/ou comum. PRINCIPAIS VARIÁVEIS: Por meio de exame clínico, seguimento ambulatorial e mapeamento dúplex, analisamos a perviedade dos enxertos carotídeos, as complicações vasculares e não-vasculares, recorrência da doença e sobrevida dos pacientes. RESULTADOS: Seis pacientes (54,5%) não apresentaram nenhum tipo de complicação. Houve uma complicação vascular representada por oclusão do enxerto carotídeo com acidente vascular cerebral hemisférico. As complicações não-vasculares ocorreram em cinco pacientes (45,5%). Durante o seguimento, oito pacientes faleceram (72,7%), sendo sete com recidiva tumoral loco-regional e um com metástases pulmonares e hepáticas (média de nove meses após a operação). Sete desses pacientes apresentavam enxerto funcionante. Os três pacientes vivos encontram-se sem recidiva tumoral e com enxertos funcionantes (média de nove meses). CONCLUSÕES: Os pacientes com neoplasia maligna avançada de cabeça e pescoço acometendo artéria carótida tratados cirurgicamente apresentam prognóstico reservado. Quando a artéria carótida interna e/ou comum é ressecada em bloco com o tumor, a reconstrução arterial deve ser realizada, sendo a veia safena magna um substituto vascular adequado.

ASSUNTO(S)

neoplasia cabeça pescoço artéria carótida ressecção vascular enxerto arterial

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