Cardiotoxicidade Decorrente do Tratamento com Doxorrubicina e Exercício Físico: Revisão Sistemática

AUTOR(ES)
FONTE

Int. J. Cardiovasc. Sci.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-02

RESUMO

Resumo O presente estudo investigou se a prática de exercícios possui um efeito protetor contra a toxicidade cardíaca decorrente do tratamento com doxorrubicina. Para tal, foi realizada uma revisão sistemática da literatura, de ensaios clínicos randomizados que verificam o exercício como meio de controle ou prevenção da cardiotoxicidade induzida pela utilização de DOX. Foram realizadas buscas nas bases de dados MEDLINE e LILACS. Foram utilizados os descritores: exercício, condicionamento físico, antraciclinas, doxorrubicina, adriamicina, agentes cardiotóxicos. Para seleção dos trabalhos que se incluíam nos critérios estabelecidos, foram avaliados os resumos de todos os artigos. Foram excluídos estudos que não abordaram o tema central da pesquisa, não se referiram ao exercício físico ou a DOX, abordaram exclusivamente outros tipos de toxicidade por antraciclinas (muscular, hepática e renal), ou verificaram outros efeitos do exercício sobre toxicidade da DOX (fadiga). O presente estudo observou, com relação às variáveis relacionadas à prescrição de exercício, que a frequência não apresentou relação direta com os resultados dos referidos estudos. A intensidade também não foi definitiva para a preservação da função cardíaca, porém o treinamento mais intenso esteve relacionado com melhoras no sistema antioxidante que não esteve presente em alguns estudos com intensidades mais baixas. Não houve diferença significativa nos efeitos dos exercícios quando realizados antes, durante ou depois do tratamento. Portanto, exercício aeróbio parece exercer um efeito protetor das funções cardíacas se realizado antes, durante ou depois do tratamento com DOX. Porém, os mecanismos associados a esse efeito ainda são desconhecidos.

ASSUNTO(S)

exercício esforço físico doxorrubicina cardiotoxicidade revisão

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