CARBONATION OF COVER CONCRETE OF PROTOTIPE WITH FLY ASH AND LIME / CARBONATAÇÃO DA CAMADA DE COBRIMENTO DE PROTÓTIPOS DE CONCRETO COM CINZA VOLANTE E CAL
AUTOR(ES)
Elinor Fernando Dalla Lana
DATA DE PUBLICAÇÃO
2005
RESUMO
Quando se observa o concreto armado do ponto de vista da durabilidade, percebe-se uma zona heterogênea a partir das fôrmas, conhecida como camada de cobrimento que possui características distintas das zonas mais profundas das peças estruturais. É através da mesma que atuam os mecanismos de transporte que permitem a interação com o meio ambiente através do fluxo de fluidos que percolam pelos poros. Entre as propriedades, que mais são afetadas a partir desta camada, está a carbonatação, principalmente quando se utiliza altos teores de adições minerais, especialmente pozolanas, que consomem o hidróxido de cálcio da reserva alcalina e aceleram o processo de neutralização. Quando a profundidade carbonatada atinge a armadura, esta sofre processo de despassivação pela queda do pH e fica disponível para o início da corrosão, caso as condições ambientais forem propícias. As pozolanas, em especial a cinza volante, além das vantagens ecológicas que traz o seu emprego em concreto, produzem alterações significativas na melhoria da microestrutura da pasta mas, em contrapartida, consome grande parte de CH, acelerando o processo de carbonatação. A presente investigação trata do estudo de protótipos de concreto curados em condições ambientais, de onde foram extraídos testemunhos a partir da superfície do concreto e, após, a 2,5 e 5,0 cm de profundidade, com o intuito de estudar a influência da distância à superfície externa sobre o processo de carbonatação, pH e CH. Foram empregadas misturas com cimento Portland (referência) e com sua substituição, em massa, por 50% de cinza volante, com e sem adição de cal hidratada. Empregou-se câmara climatizada para realizar os ensaios de carbonatação acelerada, determinando-se as profundidades neutralizadas em 4, 8 e 12 semanas. A partir destes dados foram calculados os coeficientes de carbonatação, de onde pode-se concluir que a substituição de cimento por 50% de cinza volante aumentou, em média, em 100% a velocidade da carbonatação, enquanto que a adição de 20% de cal a estes traços fez com que o acréscimo médio baixasse para 20%, em média. Também pode-se concluir que a camada 3, a 50 mm da superfície, foi a que mais se beneficiou com a adição de cal em relação ao concreto de referência pois apresentou coeficiente de carbonatação de apenas 40% superior, teor de CH 5,8% mais alto, teor de água combinada 4% maior e, finalmente, teor de poros menores de 10 nm 10,6% mais elevados.
ASSUNTO(S)
material de construção cal engenharia civil cinza volante carbonatação concreto engenharia civil
ACESSO AO ARTIGO
http://coralx.ufsm.br/tede/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1207Documentos Relacionados
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