Caracterização morfológica e imunoistoquímica de um modelo de pele humana reconstruída in vitro

AUTOR(ES)
FONTE

Sao Paulo Medical Journal

DATA DE PUBLICAÇÃO

2009-01

RESUMO

CONTEXTO E OBJETIVO: Nos últimos anos, diferentes modelos de pele humana reconstruída in vitro (PHRIV) foram descritos para uso clínico e aplicações em pesquisa na indústria farmacêutica. Antes de serem liberados para uso rotineiro como substitutos de pele humana, os modelos de PHRIV necessitam de testes (estudos) comparativos com a pele humana in vivo, por meio de análises morfológica (arquitetural) e imunoistoquímica (funcional). O objetivo deste trabalho é estudar as características imunoistoquímicas de um modelo de PHRIV desenvolvido em nosso serviço, comparando-as com a pele humana, para que esse modelo de PHRIV possa vir a ser testado clinicamente em casos de queimaduras e ulcerações de pele nos quais métodos tradicionais de tratamento não estejam indicados. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo experimental laboratorial realizado no Laboratório de Cultura de Células da Pele da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (FCM/Unicamp), Campinas, São Paulo, Brasil. MÉTODOS: Cortes histológicos foram corados com hematoxilina-eosina, tricrômio de Masson para fibras colágenas, ácido periódico-reagente de Schiff para membrana basal e glicogênio, Weigert-Van Gieson para fibras elásticas e Fontana-Masson para melanócitos. Estudo imunoistoquímico foi realizado para identificar citoqueratinas de amplo espectro de pesos moleculares (AE1/AE3), citoqueratinas de alto peso molecular (34βE12), citoqueratinas de baixo peso molecular (35βH11), citoqueratinas 7 e 20, vimentina, proteína S-100 (para melanócitos e células dendríticas), CD68 (KP1, histiócitos) e CD34 (QBend, endotélio). RESULTADOS: A histologia revelou similaridade satisfatória entre PHRIV e a pele in vivo. O estudo imunoistoquímico da PHRIV demonstrou padrão semelhante de marcadores usualmente presentes na pele humana in vivo. CONCLUSÃO: A PHRIV estudada é morfológica e funcionalmente compatível com a pele humana observada in vivo.

ASSUNTO(S)

queimaduras citoqueratina imunoistoquímica transplante de pele engenharia tissular

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