Caracterização de sujeitos com lesão cerebral adquirida em idade produtiva

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. CEFAC

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-10

RESUMO

RESUMO Objetivo: analisar as condições sociodemográficas e de saúde (inclusive os agravos neurológicos) de sujeitos com LEA em idade produtiva, bem como suas condições pregressas e atuais de trabalho. Métodos: estudo de natureza descritiva e de abordagem quantitativa. Os dados foram coletados entre junho e dezembro de 2014, por meio de uma entrevista semiestruturada. Resultados: participaram do estudo 48 sujeitos com Lesão Cerebral Adquirida; a incidência entre o sexo masculino (52,1%) e feminino (47,9%) foi equilibrada; a média de idade, no momento da lesão, foi de 48,7 anos; 64,5% eram casados; 62,5% possuíam Ensino Fundamental Incompleto; a ocupação anterior à lesão mais frequente foi a de doméstica (18,7%); 47,9% dos sujeitos foram aposentados após a lesão, 6,3% voltaram ao trabalho, e 93,7% gostariam de retornar. Quanto aos comprometimentos neurológicos, 41,1% foram acometidos por Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (52,1% apresentaram afasia, e 52,2% tiveram hemiplegia direita). A condição de saúde física de 60,4% foi considerada moderada; 58,3% avaliaram sua saúde mental como ruim; 60,4% nunca fumaram; e 93,7% pararam de ingerir álcool após a lesão. Notou-se, ainda, que 62,5% dos sujeitos eram acompanhados somente por fisioterapeutas e que 54,2% usavam algum recurso assistivo. Ademais, as atividades de lazer de 58,4% dos sujeitos estavam prejudicadas. Conclusão: a média de idade dos sujeitos deste estudo é inferior a outros estudos nacionais; o nível de escolaridade é baixo; as ocupações anteriores à lesão eram de baixo rendimento financeiro; e o índice de aposentadoria após a lesão foi alto. As sequelas neurológicas impactam, assim, negativamente a vida/saúde dos sujeitos, condição agravada pelo fato de os recursos terapêuticos serem incompletos.

ASSUNTO(S)

acidente vascular cerebral afasia hemiplegia aposentadoria retorno ao trabalho

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