Caracterização de lixiviados de aterros sanitário e industrial da região metropolitana de Belo Horizonte

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

15/12/2010

RESUMO

Os aterros sanitários, apesar de serem obras planejadas de engenharia, acabam por gerar lixiviados, que se mal administrados e tratados podem causar impactos ao meio ambiente e prejuízos ao homem. Esse trabalho visa caracterizar físico-quimica e biologicamente o lixiviado de quatro aterros sanitários e um industrial, da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Sua relevância está em conhecer sobre a ecotoxicidade destes efluentes, já que estes dados inexistem para a RMBH. Além disso, este trabalho permite um maior conhecimento sobre as características dos lixiviados dos principais aterros sanitários e um industrial da RMBH. O banco de dados gerado poderá subsidiar o planejamento e a escolha de tratamento mais eficiente para esse efluente. Foram realizadas coletas mensais, no período de novembro de 2009 a outubro de 2010 e os resultados mostraram uma elevada variação para quase todos os parâmetros avaliados, havendo uma predominância na diferença entre o aterro industrial e o aterro finalizado com os demais aterros. Essas diferenças podem indicar como fatores determinantes, o tipo de resíduo e a maturação do lixiviado. Foram feitas análises de comparação entre aterros jovens e velhos, assim como aterro industrial e sanitário. Os resultados apontam que o teor de matéria orgânica recebido pelo aterro direciona as diferenças, uma vez que o aterro velho já não recebe resíduo e o industrial não recebe, ou recebe pouca matéria orgânica. A ecotoxicidade, através da análise de componentes principais e correlação, foi associada à alcalinidade, nitrogênio total, nitrogênio amoniacal, carbono orgânico total, condutividade, metais traços, compostos cíclicos e fenólicos. Os valores de estreptococos fecais foram significativamente maiores que o de coliformes termotolerantes, sugerindo este grupo como um melhor indicador de contaminação fecal para esse efluente, pois apresenta organismos mais resistentes ao calor, ás condições alcalinas e altas concentrações de sais. Os metais quantificados estão na sua maioria em concentrações baixas e moderadas, apresentando as maiores concentrações no lixiviado do aterro A1 e as menores no lixiviado dos aterros A3 e A5. Foram identificados 169 compostos orgânicos, sendo a maior quantidade presente no lixiviado do aterro A3 e a menor no lixiviado do aterro A5, porém o predomínio dos compostos potencialmente tóxicos está no lixiviado do aterro A1. Os fármacos, presentes em maior quantidade no lixiviado do aterro A3, parecem apresentar menos toxicidade que os demais compostos

ASSUNTO(S)

engenharia sanitária. teses. meio ambiente teses. aterro sanitário teses.

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