Caracterização clínica e epidemiológica dos casos de dengue hemorrágica no nordeste do Brasil
AUTOR(ES)
Cavalcanti, Luciano Pamplona de Góes, Coelho, Ivo Castelo Branco, Vilar, Dina Cortez Lima Feitosa, Holanda, Susana Glória Silveira, Escóssia, Kiliana Nogueira Farias da, Souza-Santos, Reinaldo
FONTE
Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010-08
RESUMO
INTRODUÇÃO: A febre hemorrágica do dengue (FHD) permanece como um importante problema de saúde pública no Brasil. O objetivo deste estudo é analisar os aspectos epidemiológicos dos casos de dengue hemorrágico durante a epidemia de 2003, no Ceará. MÉTODOS: Foram investigados os casos suspeitos de FHD, com início de sintomas no período de janeiro a dezembro de 2003. RESULTADOS: Foram reportados 37.964 casos de dengue clássica, com 291 casos de FHD. Entre os casos descartados, 75,5% apresentaram sorologia positiva, mas não preenchem os critérios recomendados pela Organização Mundial de Saúde. A mediana de idade dos pacientes com FHD foi de 30 anos (2 - 88). Para manifestações hemorrágicas, as petéquias com 32,6% foram as mais frequentes. Os casos de hemorragia digestiva, ascite, derrame pleural e pericárdico, hepatomegalia, hipotensão e choque apresentaram maior risco de progressão para óbito (p <0,05). CONCLUSÕES: A introdução de um novo sorotipo (DENV-3) no Ceará, encontrando a população suscetível e a alta densidade do vetor podem ter sido os principais responsáveis pela magnitude da epidemia. A atenção médica oportuna e adequada, bem como uma estrutura organizada de cuidado aos pacientes são indispensáveis para reduzir a letalidade.
ASSUNTO(S)
dengue hemorrágico epidemiologia fatores de risco
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