CaracterizaÃÃo tecnÃlogica e produÃÃo de painÃis de cortiÃa de Kilmeyera coriacea (Pau-santo) / Technological characterization and production of boards of the cork from Kielmeyera coriacea (pau-santo).

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

Este trabalho teve como objetivos caracterizar tecnologicamente os aspectos anatÃmicos, fÃsicos e quÃmicos da cortiÃa extraÃda dos troncos da Kielmeyera coriacea (pau-santo) e avaliar o potencial de painÃis de aglomerado produzidos com esta cortiÃa. Para isso, foram coletadas, aleatoriamente, cascas de 16 Ãrvores de Kielmeyera coriacea Mart. (pau-santo), provenientes de povoamentos nativos localizados na regiÃo de LuminÃrias, MG. A avaliaÃÃo das caracterÃsticas anatÃmicas foi realizada por meio da contagem dos vÃrtices e de mensuraÃÃes das cÃlulas de cortiÃa, utilizando software especÃfico das imagens obtidas em microscÃpio eletrÃnico de varredura. A densidade anidra foi determinada pelo mÃtodo de imersÃo em mercÃrio e a composiÃÃo quÃmica da cortiÃa por meio de adaptaÃÃes de mÃtodos de anÃlise quÃmica quantitativa para madeira. A anÃlise qualitativa da suberina foi realizada por cromatografia gasosa acoplada ao espectro de massa. Para a produÃÃo dos painÃis, foi utilizado adesivo fenol-formaldeÃdo e urÃia-formaldeÃdo em quantidades de 9% e 18%, com e sem parafina. O estudo das propriedades mecÃnicas e fÃsicas dos painÃis foi realizado por meio dos testes de ligaÃÃo interna, dureza Janka, resistÃncia à Ãgua fervente, absorÃÃo e inchamento em espessura, por 2 e 24 horas. O delineamento experimental utilizado para os painÃis foi o inteiramente casualizado, com 3 repetiÃÃes. Anatomicamente, as cÃlulas de cortiÃa da Kielmeyera coriacea, em relaÃÃo à distribuiÃÃo de poligonalidades, apresentaram 4, 5, 6, 7 e 8 vÃrtices, com predominÃncia do vÃrtice 6. A altura e a espessura das paredes das cÃlulas apresentaram valores de 40 a 70 Âm e 1,5 a 2,0 Âm. A densidade anidra encontrada foi de 0,23 g/cm3, a composiÃÃo quÃmica da cortiÃa foi de 24,6% de extrativos totais, 20,6% de suberina, 25,9% de lignina, 28,0% de polissacarÃdeos e 0,90% de cinzas (% massa seca). Foram detectados 15 compostos no extrato despolimeralizado da cortiÃa, com predominÃncia majoritÃria dos (di) Ãcidos graxos hidroxilados caracterÃsticos da suberina. Os resultados para ligaÃÃo interna indicaram que as partÃculas da cortiÃa de Kielmeyera coriacea podem ser aglutinadas tanto com o adesivo urÃia-formaldeÃdo quanto com fenol-formaldeÃdo, este Ãltimo indicando painÃis mais resistentes. Para a propriedade de dureza Janka, os painÃis à base de adesivo fenol-formaldeÃdo apresentaram-se tambÃm mais resistentes. Para a resistÃncia à Ãgua fervente, verificou-se que os painÃis produzidos à base de urÃia-formaldeÃdo sofreram total desagregaÃÃo das partÃculas e aqueles produzidos com maior teor de adesivo fenol-formaldeÃdo apresentaram-se mais resistentes. Para a absorÃÃo de Ãgua e o inchamento em espessura, apÃs 2 e 24 horas, para todos os tratamentos, foram constatados menores valores nos painÃis produzidos com adesivo urÃia-formaldeÃdo.

ASSUNTO(S)

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