CaracterizaÃÃo de sistemas orgÃnicos de produÃÃo de cafà utilizados por agricultores familiares em PoÃo Fundo-MG. / Characterization of organic systems of coffee crop utilized by familiar farmers in PoÃo Fundo-MG.

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2003

RESUMO

Objetivando a caracterizaÃÃo de trÃs agroecossistemas de produÃÃo de cafà orgÃnico, avaliaram-se as propriedades quÃmicas, fÃsicas e microbiolÃgicas do solo, incidÃncia de pragas e doenÃas, nutriÃÃo das plantas e produtividade. Os agroecossistemas, conduzidos por agricultores familiares, situam-se em PoÃo Fundo-MG. Esta pesquisa foi conduzida por dois anos, sendo as amostras de solo e folha coletadas nos perÃodos chuvoso e seco e a determinaÃÃo da incidÃncia de pragas e doenÃas, a partir de levantamentos mensais. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado com trÃs repetiÃÃes para cada amostra de solo e folha. A amostragem de solo foi realizada em trÃs profundidades (0-10, 10-20 e 20-40 cm) para levantamento das propriedades fÃsicas e quÃmicas e a 0-10 cm para as microbiolÃgicas. A proposta desta pesquisa foi de caracterizar esses agroecossistemas sem interferir na sua forma de manejo, priorizando consolidar o conhecimento local na lÃgica do sistema de produÃÃo. Observou-se que os agroecossistemas apresentaram boa estruturaÃÃo do solo, provavelmente devido à nÃo mecanizaÃÃo das Ãreas e à constante reposiÃÃo de matÃria orgÃnica ao solo. Em relaÃÃo Ãs propriedades quÃmicas do solo e à nutriÃÃo dos cafeeiros pode-se observar que mesmo quando determinados nutrientes do solo apresentaram-se fora do nÃvel adequado para a cultura, a nutriÃÃo vegetal estava adequada, como por exemplo, para o B, Ca, Cu, Fe, Mg, Mn, S e Zn. O teor de P, a 0-10 cm no solo, apresentou-se dentro do nÃvel adequado para a cultura, estando abaixo deste nas profundidades 10-20 e 20-40 cm, porÃm os teores foliares desse nutriente apresentaram-se acima do nÃvel considerado adequado. O teor de K, tanto nas trÃs profundidades do solo quanto nas folhas, apresentou-se abaixo do recomendado. A matÃria orgÃnica do solo apresentou teor mÃdio nas profundidades 0-10 e 10-20 cm e, praticamente, teores baixos na profundidade 20-40 cm. O teor de N foliar manteve-se dentro do nÃvel de adequaÃÃo. A biomassa de carbono e a taxa de colonizaÃÃo micorrÃzica nÃo apresentaram diferenÃas significativas entre os agroecossistemas. Quanto à respiraÃÃo do solo, pode-se constatar que o agroecossistema III apresentou maior atividade microbiana. Em relaÃÃo aos fungos micorrÃzicos arbusculares identificados, observou-se maior freqÃÃncia dos gÃneros Glomus e Paraglomus nos agroecossistemas, sendo que o gÃnero Acaulospora apresentou maior incidÃncia no agroecossistema II. A infestaÃÃo por bicho-mineiro ultrapassou 20% no terÃo superior (principalmente no perÃodo seco). A infestaÃÃo por broca atingiu o nÃvel de dano somente no agroecossistema I em 2001 e no agroecossistema III em 2002. A ferrugem no agroecossistema III nÃo atingiu nÃvel de dano devido à tolerÃncia da cultivar (âIcatu Amareloâ) à infecÃÃo por esse fungo. PorÃm nos agroecossistemas I e II (âCatuaà Vermelhoâ) a infecÃÃo na lavoura atingiu elevados nÃveis. A infecÃÃo por cercÃspora em folhas e frutos atingiu nÃveis elevados (perÃodo seco) em todos os agroecossistemas. A produtividade do agroecossistema I em 2001 foi de 8,5 sc/ha e em 2002 de 39,0 sc/ha, no agroecossistema II em 2001 foi de 7,0 sc/ha e em 2002 de 21,5 sc/ha e no agroecossistema III foi praticamente zero em 2001 e em 2002 de 33,5 sc/ha.

ASSUNTO(S)

agricultura familiar. organic coffee agricultura orgÃnica family agriculture organic agriculture cafà orgÃnico fitotecnia

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