Características histopatológicas da atrofia da mucosa na gastrite atrófica do corpo

AUTOR(ES)
FONTE

J. Bras. Patol. Med. Lab.

DATA DE PUBLICAÇÃO

23/02/2016

RESUMO

RESUMO Introdução: A atrofia da mucosa gástrica tornou-se capítulo importante da patologia gástrica devido ao seu estreito relacionamento com as lesões de risco para o câncer gástrico. Embora a atrofia gástrica possa estar associada a diferentes doenças, ela tem sido abordada como um processo genérico, omitindo-se suas diferentes causas. Objetivo: Estudar as características histopatológicas da atrofia da mucosa gástrica em pacientes com gastrite atrófica do corpo (ABG). Material e métodos: Foram estudados casos consecutivos de pacientes com diagnóstico de ABG que apresentavam mucosa antral normal ou apenas alterações inflamatórias mínimas. Pacientes submetidos a cirurgia gastrointestinal prévia ou portadores de câncer gastrointestinal foram excluídos. Nas preparações histopatológicas, estudou-se a presença de glândulas que exibiam metaplasia intestinal e metaplasia pseudoantral (PSA). Resultados: No período 2004-2006, 7.309 pacientes foram submetidos à endoscopia esofagogástrica com biópsias, sendo 3.556 (48,6%) homens e 3.753 (51,4%) mulheres. Entre eles, 105 pacientes H. pylori negativos tiveram o diagnóstico de ABG confirmado, sendo 32 (30,5%) homens e 73 (69,5%) mulheres (p < 0,001). Glândulas com metaplasia intestinal e/ou metaplasia PSA foram identificadas em todos os pacientes. Isoladamente, a metaplasia PSA foi mais frequente que a metaplasia intestinal, respectivamente 42 (40%) vs. quatro (3,8%). Os dois tipos de metaplasia ocorreram simultaneamente na maioria (56,2%) dos pacientes, não se observando diferenças entre os gêneros (p = 0.67). Conclusão: A atrofia da mucosa gástrica na ABG mostra características histopatológicas próprias que devem ser consideradas nos estudos sobre o relacionamento da atrofia gástrica com o câncer gástrico.

ASSUNTO(S)

gastrite gastrite atrófica estômago gastropatias

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