Características da assistência ao trabalho de parto e parto em três modelos de atenção no SUS, no Município de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Cadernos de Saúde Pública

DATA DE PUBLICAÇÃO

2011-09

RESUMO

Estudo transversal com 831 gestantes, de risco habitual, sobre o manejo do trabalho de parto num Centro de Parto Normal (CPN), num hospital vencedor do título "Galba de Araújo" (HG) e numa maternidade com modelo assistencial prevalente (HP). O uso da ocitocina no CPN foi de 27,9%, no HG 59,5% e no HP 40,1%, enquanto a amniotomia foi realizada em 67,6%, 73,6% e 82,2% das mulheres, respectivamente. A realização da episiotomia foi menor nas modalidades com incorporação de práticas humanizadas: 7,2% no CPN e 14,8% no HG versus 54,9% no HP. A prática de oferta liberal no HG resultou numa taxa de analgesia superior (54,4%) à do HP (7,7%). O percentual de internação dos recém-nascidos e o de parto a fórceps foram mais altas no HP, mas não houve diferenças para o índice de Apgar e para a taxa de cesárea. Os resultados sugerem resistência ao uso seletivo de intervenções em todos os modelos assistenciais, embora favoreçam o CPN como estratégia no controle das intervenções durante o trabalho de parto e parto nas gestantes de risco habitual sem prejuízos para as mulheres e os recém-nascidos.

ASSUNTO(S)

parto humanizado trabalho de parto saúde materno-infantil pesquisa sobre serviços de saúde

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