Características clínicas, dietéticas e demográficas que interferem na qualidade de vida de pacientes com câncer
AUTOR(ES)
Campos, Juliana Alvares Duarte Bonini, Silva, Wanderson Roberto da, Spexoto, Maria Claudia Bernardes, Serrano, Sergio Vicente, Marôco, João
FONTE
Einstein (São Paulo)
DATA DE PUBLICAÇÃO
29/11/2018
RESUMO
RESUMO Objetivo Estimar a ingestão dietética de pacientes com câncer e sua relação com características clínicas e demográficas, além de verificar a contribuição da ingestão dietética, apetite/sintomas e características clínicas e demográficas para a qualidade de vida deles. Métodos Foi estimado o consumo de energia e de macronutrientes. A relação entre ingestão dietética e características clínicas e demográficas foi avaliada pela análise de variância. A ingestão de energia e macronutrientes dos pacientes foi comparada com a necessidade nutricional, utilizando intervalo de confiança de 95%. O Cancer Appetite and Symptom Questionnaire (CASQ) e o European Organization for Research and Treatment of Cancer (EORTC QLQ C-30) foram utilizados para avaliar apetite/sintomas e qualidade de vida, respectivamente. As propriedades psicométricas dos instrumentos foram estimadas. Elaborou-se modelo de equações estruturais. Resultados Participaram do estudo 772 pacientes oncológicos (63,1% mulheres). Observou-se relação significativa entre ingestão dietética e atividade laboral, classe econômica, especialidade do diagnóstico, tipo de tratamento e estado nutricional. O consumo de energia e macronutrientes dos pacientes esteve abaixo do recomendado. Tanto o CASQ quando o EORTC QLQ C-30 foram refinados para bom ajustamento aos dados. No modelo estrutural, comprometimento do apetite, maior acometimento por sintomas, presença de metástase, ser mulher e pertencer às classes econômicas mais altas foram características que contribuíram significativamente para o comprometimento da qualidade de vida dos pacientes oncológicos. Conclusão A ingestão dietética dos pacientes oncológicos não atingiu os níveis recomendados. Diferentes características impactaram na qualidade de vida dos pacientes e devem ser consideradas em protocolos clínicos e epidemiológicos.
ASSUNTO(S)
dietética ingestão de alimentos neoplasias qualidade de vida
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