Características clínicas das espondiloartropatias na infância: análise de 26 pacientes
AUTOR(ES)
FAUSTINO, P.C., TERRERI, M.T., ANDRADE, C.T.F., LEN, C., HILÁRIO, M.O.E.
FONTE
Revista da Associação Médica Brasileira
DATA DE PUBLICAÇÃO
2001-09
RESUMO
OBJETIVO: Avaliar retrospectivamente as características clínicas dos pacientes com diagnóstico de espondiloartropatia. MÉTODOS: Foram analisados os prontuários de todos os pacientes com diagnóstico de espondiloartropatia seguidos no ambulatório de reumatologia pediátrica da UNIFESP-EPM no período de junho de 1982 a abril de 2000. Foram avaliados a idade de início e tempo de evolução da doença, manifestações clínicas, dados laboratoriais, achados radiológicos, tratamento e evolução. RESULTADOS: Dos 26 pacientes estudados, 10 (38,4%) apresentavam SEA, um (3,8%) espondiloartropatia indiferenciada (EAI), 10 (38,4%) EAJ, dois (7,7%) artropatia da DIIC, dois (7,7%) síndrome de Reiter e um (3,8%) artrite psoriásica. O início da doença variou de 1 a 15 anos (média de 9,2 anos). Os pacientes com síndrome de Reiter tiveram menor idade de início (média de 6,5 anos). Houve predomínio do sexo masculino (25 pacientes) e da raça caucasóide (15 pacientes). A maioria dos pacientes apresentou artrite periférica em membros inferiores (96,1%), entesite (61,5%) e HLA B27 positivo (14/23 - 60,9%). Dez pacientes (38,4%) apresentaram comprometimento axial. Quinze pacientes receberam diagnóstico de ARJ ou FR no início do quadro. CONCLUSÃO: Embora menos freqüentes do que a ARJ, as espondiloartropatias devem ser consideradas no diagnóstico diferencial das crianças e adolescentes, principalmente do sexo masculino, com artrite crônica.
ASSUNTO(S)
espondiloartropatia espondilite anquilosante sacroileíte entesopatia hla-b27 crianças adolescentes
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