Características anatômicas e funcionais do assoalho pélvico em nulíparas avaliadas por ultrassonografia tridimensional endovaginal: estudo caso-controle e avaliação da confiabilidade interobservador
AUTOR(ES)
Murad-Regadas, Sthela Maria, Bezerra, Leonardo Robson Pinheiro Sobreira, Silveira, Claudio Regis Sampaio, Pereira, Jacyara de Jesus Rosa, Fernandes, Graziela Olivia da Silva, Vasconcelos Neto, José Ananias, Dealcanfreitas, Iris Daiana
FONTE
Rev. Bras. Ginecol. Obstet.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2013-03
RESUMO
OBJETIVO: Avaliar as medidas anatômicas e funcionais do assoalho pélvico utilizando a ultrassonografia tridimensional transvaginal em nulíparas assintomáticas sem disfunções do compartimento posterior evidenciado pela ecodefecografia. Demonstrar o grau de concordância entre observadores do método utilizado para medir as estruturas anatômicas. MÉTODOS: Voluntárias nulíparas assintomáticas foram submetidas à ecodefecografia para identificar alterações dinâmicas no compartimento posterior, incluindo aquelas anatômicas (retocele, intussuscepção, entero/sigmoidocele e descenso perineal) e funcionais (ausência de relaxamento ou contração paradoxal do puborretal) e avaliadas com ultrassonografia tridimensional transvaginal para determinar índices biométricos do hiato dos elevadores do ânus, espessura do músculo pubovisceral, comprimento da uretra, ângulo anorretal, posição da junção anorretal e posição do colo vesical. Todas as medidas foram comparadas em repouso e durante Valsalva; e determinado descenso perineal e do colo da bexiga. A variabilidade interobservador foi avaliada utilizando o coeficiente de correlação intraclasse. RESULTADOS: Foram avaliadas 34 voluntárias com a ecodefecografia e a ultrassonografia tridimensional transvaginal. Dessas, 20 foram incluídas no estudo. As 14 excluídas apresentavam alterações dinâmicas no compartimento posterior. Durante a manobra de Valsalva, a área hiatal foi significativamente maior. A uretra foi significantemente mais curta e o ângulo anorretal foi maior. Medidas em repouso e durante a Valsalva diferiram significativamente em relação à posição da junção anorretal e do colo vesical. A média de valor do descenso perineal e do descenso da bexiga foram de 0,6 cm e 0,5 cm acima da sínfise púbica, respectivamente. O coeficiente de correlação intraclasse variou entre 0,62-0,93. CONCLUSÕES: Foram determinados valores normais para os índices biométricos funcionais, descida perineal e colo vesical em nulíparas assintomáticas utilizando-se a ultrassonografia transvaginal tridimensional. É um método seguro para mensurar a anatomia do assoalho pélvico durante o repouso e a manobra de Valsalva, e pode ser adequado para a identificação de disfunções em pacientes sintomáticos.
ASSUNTO(S)
diafragma pélvico colo do útero reprodutibilidade dos testes variações dependentes do observador
Documentos Relacionados
- Alterações funcionais do sistema estomatognático em pacientes com rinite alérgica: estudo caso-controle
- Características anatômicas da fístula anal avaliadas por Ultrassonografia Anorretal Tridimensional: Há correlação com a teoria de Goodsall?
- A avaliação de gravidade de mulheres em estado grave por pré-eclâmpsia: estudo caso-controle
- Mortalidade neonatal em Taubaté: um estudo caso-controle
- Amputações de extremidades inferiores por diabetes mellitus: estudo caso-controle