Capacidade antioxidante e composição química de resíduos vegetais visando seu aproveitamento / Antioxidant capacity and chemical composition of vegetables residues for their use

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

Os recursos naturais são fontes importantes de substâncias com grande potencial bioativo, não só pela quantidade de espécies vegetais existentes, mas principalmente pela variedade de metabólitos primários e secundários por elas sintetizados. Na sua grande maioria os resíduos vegetais são considerados sem valor econômico. A presença de substâncias biologicamente ativas em vegetais são alvo de um grande número de pesquisas visando o desenvolvimento de produtos que possam contribuir com a melhoria na qualidade de saúde e estilo de vida da população. Visando um melhor aproveitamento dos resíduos vegetais, objetivou-se avaliar a atividade antioxidante por meio de métodos distintos, bem como a identificação dos compostos presentes nas amostras de dez resíduos vegetais. O extrato etanólico e aquoso dos dez resíduos vegetais foram utilizados na quantificação dos compostos fenólicos, avaliação da atividade antioxidante, medidas por meio dos métodos do radical livre (DPPH), EC50, ABTS+, da auto-oxidação do sistema beta-caroteno/ácido linoléico, FRAP e estabilidade oxidativa em Rancimat, e a identificação química por meio da técnica de cromatografia gasosa acoplada ao espectrômetro de massas (CG-EM). O teor de compostos fenólicos dos resíduos vegetais variou na faixa de 1,03 a 56,92 mg AG/mL de extrato. A película de amendoim e o talo de beterraba foram os que apresentaram as maiores quantidades destes compostos, enquanto que o resíduo de alcachofra apresentou o menor teor. Quanto à atividade antioxidante pelo método DPPH, os resíduos vegetais apresentaram potencial antioxidante tanto no extrato etanólico quanto no aquoso. A atividade antioxidante, pelo método ABTS, para os extratos etanólico e aquoso da película de amendoim foi de 990,79 e 262,12 µM Trolox/g, respectivamente. A atividade antioxidante dos dez resíduos vegetais, medida por meio do método da auto oxidação beta-caroteno/ácido linoléico, variou de 2,25 a 70, 83%, tanto para o extrato etanólico quanto para o extrato aquoso. No método FRAP os melhores valores foram para o extrato etanólico da película de amendoim e talo de beterraba (1,605 e 0,619 _mol/mg de extrato, respectivamente), e o extrato aquoso da película de amendoim 0,514 _mol/mg de extrato. Na análise de Rancimat os resíduos vegetais apresentaram fatores de proteção que variaram de 0,21 a 1,13. Os compostos fenólicos identificados nos extratos foram os ácidos ascórbico, sinápico, caféico e p-cumárico além dos flavonóides kaempferol e epicatequina. Este trabalho demonstra que resíduos vegetais possuem atividade antioxidante que lhes confere potencial de utilização como fontes de compostos bioativos naturais.

ASSUNTO(S)

alimentos de origem vegetal alimentos de origem vegetal antioxidantes antioxidantes composição química composição química compostos fenólicos compostos fenólicos metabolismo secundário metabolismo secundário resíduos - aproveitamento. resíduos - aproveitamento.

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