Caminhos da identidade: como se formam as identidades de pessoas que adotam filhos?

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2002

RESUMO

O objetivo da presente dissertação é a ampliação da reflexão sobre o sentido e o significado do ato social que leva pessoas a adotarem filhos. Pretende-se especialmente, verificar como se articula, na nossa sociedade, a identidade pessoal de um indivíduo adulto do sexo feminino que toma por adoção uma criança de nascimento de outra mulher encarnando a personagem mãe adotiva, com vistas a conhecer quais seriam suas possibilidades de se emancipar de valores e crenças que sustentam uma cultura que discrimina e questiona a legitimidade das relações de parentesco por vínculo adotivo, chamado-os de parentescos não verdadeiros. Através de uma pesquisa histórica e jurídica sobre as origens das adoções nas diferentes culturas, assim como, da análise sobre o significado social do ato de se adotar filhos, foi utilizado o sintagma de identidade-metamorfose-emancipação, trabalhado por Ciampa, que propõe a idéia de se pensar a identidade como uma construção em que o sujeito investe na sua emancipação de padrões cristalizados, estabelecendo para si condições de estar no mundo de forma mais autônoma e participativa, de tal modo que, através de processos de metamorfoses e de um agir criativo, por meio de movimentos em busca da autodeterminação que implicam na auto-reflexão, espera-se que o sujeito construa sua identidade transformando e redefinindo crenças para emancipar-se de valores que possam estar lhe impedindo de viabilizar sua história de vida de uma forma mais livre e feliz. Assim, analisando a história de vida de Lara, a pesquisadora pôde identificar alguns dos caminhos por ela percorridos, na composição da sua personagem mãe adotiva, que concretizam uma identidade mais emancipada

ASSUNTO(S)

psicologia social pais adotivos adocao -- aspectos sociais parentesco identidade

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