Burnout entre médicos da Saúde da Família: os desafios da transformação do trabalho
AUTOR(ES)
Feliciano, Katia Virginia de Oliveira, Kovacs, Maria Helena, Sarinho, Sílvia Wanick
FONTE
Ciência & Saúde Coletiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011-08
RESUMO
Compreender como os conflitos com a instituição e desacordos quanto às atribuições de membros da equipe, são apreendidos e reconstruídos pelos médicos da Saúde da Família, sob a perspectiva do "burnout". Métodos: Pesquisa qualitativa desenvolvida no Recife, entre agosto de 2005 e novembro de 2006, com 24 médicos. Foram selecionadas quatro equipes a partir de avaliação da gerência (acesso geográfico, conflitos na equipe, entre equipe e Distrito, entre equipe e comunidade e violência pública na área), em cada um dos seis Distritos Sanitários. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas. Resultados: Os médicos revelam enorme discrepância entre expectativas e realidade do trabalho. Rejeitam a priorização institucional da consulta e cobrança de produtividade. Sofrem diante do que consideram à perda da identidade profissional: atribuições da enfermeira questionam o núcleo histórico da sua prática -o diagnóstico e o tratamento da doença. Sobretudo entre aqueles com maiores expectativas na conversão do modelo, existe descrédito quanto às mudanças e há o desejo de desistir. Observa-se amplo conjunto de elementos que favorecem o desenvolvimento simultâneo de esgotamento e ineficácia profissional, e que provocam atitudes negativas, reforçando a necessidade da promoção da saúde no trabalho.
ASSUNTO(S)
burnout desgaste ocupacional médicos de cuidados primários saúde da família
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