Burnout entre estudantes de medicina e os efeitos da prática de atividades físicas / Burnout among medical students and the effects of physical activity

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

21/12/2010

RESUMO

A síndrome de burnout é definida como um comprometimento decorrente do trabalho, mais especificamente da exposição prolongada ao estresse na situação de trabalho. No entanto, tem sido descrita também entre estudantes, pois, embora ainda não estejam exercendo uma profissão plenamente, o próprio estudo, estágios e outras atividades acadêmicas podem se constituir em fontes de estresse. Este estudo investigou a síndrome de burnout em uma amostra de estudantes de medicina da cidade de Fortaleza, que se encontravam regulamente matriculados nos cursos de medicina da cidade e frequentando periodicamente as aulas. A amostra, por conveniência, foi de 300 alunos com idade média de 22,58 anos, sendo 48,3% homens e 51,7% mulheres. Os instrumentos utilizados para a detecção e mensuração da síndrome foram o MBI-SS (Maslach Burnout Inventory Students Survey). A versão para estudantes do inventário de burnout (MBI-SS) foi desenvolvida para avaliar a síndrome em estudantes e possui um número menor de itens do que a versão original do instrumento. O inventário mede três dimensões: Exaustão Emocional (EE), Descrença (DE) e Eficácia Profissional (EP). Um questionário com questões sociodemográficas, contendo informações sobre idade, gênero, satisfação com o curso, tempo livre, horas de lazer, ajuda de custo etc; e um terceiro denominado Questionário Internacional de Atividade Física, IPAQ (versão 6 longa) foram também aplicados com o objetivo de verificar se essas variáveis têm alguma influência no aparecimento do burnout nos estudantes investigados. Os resultados, analisados por meio de regressão multidimensional e testes de Qui-Quadrado mostraram que, segundo o critério utilizado nacionalmente, os alunos de graduação em medicina, da amostra pesquisada, não apresentam sintomas de burnout e que 51,2% dos estudantes da amostra podem ser considerados sedentários e pouco ativos. Além disso, não foram encontradas relações entre a prática de atividades físicas e a síndrome nas escalas EE e DE. A escala EP apresentou, como variável preditora, o nível de atividade física, mas as relações não foram no sentido esperado. Conclui-se que os estudantes da amostra, embora não possam ser considerados como apresentando burnout, possuem um índice de atividade física baixa, o que permite afirmar que, pelo menos nos estudantes investigados, o nível de atividade física não minimiza os efeitos do estresse do curso de medicina. Palavras-chave: Síndrome de burnout, estresse, atividade física, estudantes de medicina.

ASSUNTO(S)

trabalho - aspectos psicolÓgicos - dissertaÇÕes estudantes de medicina - dissertaÇÕes sÍndrome de burnout - dissertaÇÕes psicologia social

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