Burnout e fatores de risco psicossocial em funcionários de um hospital de longa permanência

AUTOR(ES)
FONTE

Cad. Saúde Pública

DATA DE PUBLICAÇÃO

23/11/2018

RESUMO

Resumo: Nosso objetivo foi avaliar a relação entre os riscos psicossociais e a síndrome de burnout em um hospital espanhol de meia-longa permanência. Foi realizado um estudo transversal em 2017, aplicando a versão espanhola do MBI-HSS e o questionário F-Psico 3.1 do Instituto Nacional de Segurança e Higiene no Trabalho. Variáveis preditoras: características sociodemográficas, moduladoras e fatores de risco psicossocial. Variáveis de resultado: prevalência de burnout e afetação das subfaixas. A associação entre variáveis foi quantificada com odds ratio. A fatiga emocional foi associada positivamente aos riscos psicossociais vinculados a uma carga de trabalho, demandas psicológicas, participação/supervisão, desempenho de funções, relações/apoio social e consumo de ansiolíticos; por outro lado, foram fatores protetores: os filhos, se sentir valorados por pacientes e companheiros de trabalho, satisfação laboral, otimismo e apoio social. As associações encontradas para a despersonalização foram similares, entretanto mais débeis. A baixa realização pessoal foi associada positivamente aos riscos psicossociais vinculados ao tempo trabalhado, autonomia, variedade/conteúdo do trabalho, desempenho de funções e apoio social; foi a subfaixa que mostrou maior número de variáveis sociodemográficas/moduladoras protetoras: estado civil, ter filhos, trabalhar de noite, sentir-se valorizado por pacientes e membros da família, ilusão pelo trabalho, apoio social, auto-eficácia e otimismo. Segundo nossos resultados, existe uma associação entre os riscos psicossociais e a síndrome de burnout. Os indivíduos com maior satisfação laboral, auto-eficácia e otimismo afrontam melhor o stress e são menos vulneráveis aos riscos psicossociais e ao burnout.

ASSUNTO(S)

esgotamento profissional fadiga mental estresse ocupacional pessoal de saúde

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