Bupivacaína a 0,15% hipobárica para raquianestesia posterior (dorsal) versus bupivacaína a 0,5% hiperbárica para procedimentos cirúrgicos anorretais em regime ambulatorial
AUTOR(ES)
Imbelloni, Luiz Eduardo, Vieira, Eneida Maria, Gouveia, M. A., Netinho, João Gomes, Cordeiro, José Antonio
FONTE
Revista Brasileira de Anestesiologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2006-12
RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Estudar baixa dose de bupivacaína hipobárica a 0,15% e hiperbárica a 0,5% em pacientes ambulatoriais para procedimentos cirúrgicos anorretais. MÉTODO: Dois grupos de 50 pacientes, estado físico ASA I e II, submetidos a intervenções cirúrgicas anorretais, em posição de canivete, receberam 6 mg de bupivacaína a 0,15% hipobárica na posição cirúrgica (Grupo 1) ou 6 mg de bupivacaína a 0,5% hiperbárica na posição sentada por cinco minutos, e depois colocados em posição de canivete (Grupo 2). Avaliou-se bloqueio sensitivo e motor, primeira micção, deambulação, complicações e necessidade de analgésico. Foram acompanhados até o terceiro dia de pós-operatório e questionados sobre cefaléia pós-punção ou sintomas neurológicos transitórios, e até 30 dias sobre complicação neurológica permanente. Para análise estatística foram utilizados os testes t de Student, mediana de Mood e Exato de Fisher, sendo p < 0,05 significativo. RESULTADOS: O bloqueio seletivo das raízes sacrais posteriores foi obtido em todos os pacientes do Grupo 1 e bloqueio das raízes anteriores e posteriores foi observado nos pacientes do Grupo 2. O bloqueio foi significativamente mais alto no Grupo 1. O bloqueio motor foi muito menos intenso no Grupo 1. Quarenta e nove pacientes do Grupo 1 passaram para a maca sem ajuda enquanto apenas 40 pacientes do Grupo 2 conseguiram fazê-lo. A recuperação ocorreu em 105 ± 25 minutos no Grupo 1 e de 95 ± 15 minutos no Grupo 2, sem diferença significativa. Não ocorreu alteração hemodinâmica, náusea ou vômito, retenção urinária ou cefaléia pós-punção. CONCLUSÕES: A intervenção cirúrgica anorretal sob raquianestesia com baixas doses de bupivacaína, hiperbárica ou hipobárica, pode ser conduzida com segurança.
ASSUNTO(S)
anestÉsicos, local cirurgia tÉcnicas anestÉsicas, regional
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