Bolsonarismo sem Bolsonaro? Públicos antiestruturais na nova fronteira cibernética

AUTOR(ES)
FONTE

Revista do Instituto de Estudos Brasileiros

DATA DE PUBLICAÇÃO

2022

RESUMO

RESUMO Este ensaio propõe pensar o bolsonarismo enquanto fenômeno sociotécnico, definido menos por um conteúdo ou base social fixa do que por uma dinâmica circular de mobilização performativa de demandas latentes, orientada por métricas em tempo real. Sob essa perspectiva, agência e processo decisório não pertencem a atores específicos, mas são propriedades emergentes do sistema sociotécnico global por eles formado. Sugiro que os múltiplos segmentos que entram em ressonância para formar o bolsonarismo compartilham uma dinâmica cibernética comum, que se caracteriza por introduzir, na esfera pública, bifurcações de viés antiestrutural.

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