Boa taxa de resposta clínica aos inibidores da colinesterase na doença de Alzheimer leve e moderada, após três meses de tratamento: um estudo aberto

AUTOR(ES)
FONTE

Dement. neuropsychol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013-06

RESUMO

RESUMO A expectativa de vida no Brasil aumentou significativamente nos últimos 30 anos. Desse modo, transtornos relacionados à idade, como a doença de Alzheimer (DA), merecem especial atenção, devido à elevada prevalência. O tratamento farmacológico da DA se baseia nos inibidores da colinesterase (IChE) e na memantina, com melhora modesta em curto e longo prazo. Entretanto, a resposta clínica é heterogênea e necessita maior investigação. Objetivo: Investigar a taxa de resposta aos IChE em pacientes com DA após três meses de tratamento. Métodos: Pacientes com demência leve ou moderada devida à DA ou DA com doença cerebrovascular foram avaliados antes e após três meses de uso de IChE. Todos foram submetidos ao Mini-Exame do Estado Mental (MEEM), Escala de Demência Mattis, avaliação das atividades básicas de vida diária de Katz, Questionário de Pfeffer, Inventário Neuropsiquiátrico e Escala de Depressão de Cornell. Boa resposta foi definida pelo ganho de ≥2 pontos no MEEM em relação à primeira consulta, após três meses. Resultados: Setenta e um pacientes, 66 (93%) com DA provável e cinco (7%) com DA associada à doença cerebrovascular, foram avaliados. A taxa de boa resposta clínica em três meses foi de 31.0%, sendo 37,2% e 21,4% na demência leve e moderada, respectivamente. Não houve diferença significativa na maioria dos testes, exceto para melhora de alucinação, agitação e depressão em pacientes com demência moderada. Conclusão: A taxa de boa resposta clínica aos IChE foi superior à encontrada na literatura. Observou-se melhora de alguns sintomas comportamentais em pacientes com DA moderada.

ASSUNTO(S)

inibidores da colinesterase doença de alzheimer tratamento ensaio clínico aberto

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