Biologia reprodutiva de Ferdinandusa speciosa Pohl (Rubiaceae) em Uberlandia, MG

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1997

RESUMO

O estudo da biologia floral e sistema de reprodução de Ferdinandusa speciosa foi realizado durante os meses de março a agosto de 1996 em Uberlândia, MG. Ferdinandusa speciosa é uma arvoreta que ocorre em margens alagadas de matas de galeria. As populações estudadas floresceram de março a julho, apresentando pulsos de emissão de inflorescências que conferiram uma certa assincronia de floração tanto individual quanto populacional. As flores estão dispostas em inflorescências cimosas, possuem corola vermelha, tubular, levemente curvada, medindo cerca de 4,7 cm de comprimento. São protândl1cas, têm duração de dois dias e a oferta de pólen precede em um dia a receptividade estigmática. Tanto o início da antese quanto a abertura dos lábios estigmáticos ocorrem no crepúsculo. O néctar está disponíveis nas fases masculina e feminina, apresentando maior concentração de açúcares na fase masculina. Ferdinandusa speciosa é uma espécie autocompatível, não apolítica e com baixa produção de frutos em condições naturais. Não houve diferença significativa entre a produção de frutos formados por autopolinização e polinização cruzada, e os tubos políticos em pistilos destes expel1melltos atingiram a base do ovário 24 horas após a polinização. As sementes formadas por polinização cruzada são maiores, com maior massa e taxa de germinação maior do que as formadas por autopolinização. Este resultado indica que, embora a espécie seja autocompatível, a polinização cruzada é vantajosa. Duas espécies de beija-flor polinizam as flores de F. speciosa: Chlorostilbon aureoventris e Phaethornis pretrei

ASSUNTO(S)

polinização reprodução rubiacea

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