Biologia reprodutiva comparada de dois parasitoides de Drosophila: trybliographa brasiliense (HYMENOPTERA: EUCOLIDE) e Trichopria drosophilae (HYMENOPTERA : DIAPRIIDAE)
AUTOR(ES)
Gilberto de Souza Soares de Almeida
DATA DE PUBLICAÇÃO
1987
RESUMO
Foram analisadas várias características biológicas de T.brasiliensis e T. drosophilae, duas espécies de microhimenópteros parasitóides de Drosophila. Na análise das várias atividades destes parasitóides durante a corte, verificou-se que o processo é complexo e pode mesmo servir de base para manter o isolamento sexual entre espécies. A atração do macho pela fêmea está relacionada com substâncias químicas atrativas e excitantes (feromônios) que estão distribuídas de forma diferencial nas várias partes do corpo da fêmea. Estes feromônios não são produzidos pelos machos e sua presença nas fêmeas parece ser detectada pelas antenas dos machos da mesma espécie. É a fêmea quem decide se aceita ou não ser copulada, sendo que ela demonstra ter aceitado ao abrir sua genitália. A fêmea pode permitir a corte, mas não necessariamente aceita ser copulada. A fêmea só permite uma cópula, embora possa aceitar múltiplas cortes. A especificidade dos microhimenópteros em relação às espécies de Drosophila é relativa, pois espécies taxonomicamente próximas podem ser parasitadas pela mesma espécie de microhimenóptero. Quando isto ocorre, o tempo de desenvolvimento do parasitóide no corpo do hospedeiro está relacionado com o tempo do ciclo vital deste. Quanto mais longo for o tempo de desenvolvimento do hospedeiro, mais longo torna-se o tempo de desenvolvimento do parasitóide. É tentada uma explicação para esta correlação. A oviposição do microhimenóptero nos casos estudados se dá em larvas ou pupas de Drosophila, em nenhum caso deu-se nas duas fases. A oviposição em geral é múltipla, mas apenas um microhimenóptero se desenvolve. As larvas derivadas dos ovos extra introduzidos no hospedeiro abortam. Há uma diferença significativa no número de descendentes de T.drosophilae e T.brasiliensis. Para as condições experimentais estabelecidas, a razão sexual média em T. brasiliensis é de 1,29 machos: 1 fêmea, enquanto que em T.drosophilae é de 3,23 machos: 1 fêmea
ASSUNTO(S)
pragas - controle biologico inseto - controle parasitos - controle
ACESSO AO ARTIGO
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000085528Documentos Relacionados
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