Baixa percepção de risco entre adolescentes espanhóis em relação ao consumo de álcool

AUTOR(ES)
FONTE

Cad. Saúde Pública

DATA DE PUBLICAÇÃO

07/08/2017

RESUMO

De acordo com estudos recentes, os adolescentes espanhóis mostram baixa percepção de risco em relação ao consumo de álcool. O estudo tem como objetivo analisar os fatores associados com a baixa percepção de risco, com base nas opiniões de um grupo de 32 especialistas em adolescência, família, escola, mídia e políticas locais. Foi utilizada uma metodologia qualitativa, baseada na Teoria Fundamentada, usando informações de cinco grupos focais orientados por entrevistas semi-estruturadas. Foram identificados 12 fatores ou subcategorias, agrupados em quatro categorias gerais: risco no curto prazo, imediatismo e percepção de invulnerabilidade (categoria de “pensamento adolescente”); visão benevolente em relação ao álcool, normalização do consumo e binômio álcool-entretenimento (categoria de “normas sociais”); consumo habitual pelos pais, inconsistência na comunicação verbal versus não verbal no modelo representado pelos pais, consumo isento de risco retratado pela mídia, consumo com resultados positivos na mídia (categoria de “modelos sociais”) e excesso de conteúdo relacionado à saúde, risco no longo prazo (categoria de “discurso preventivo”). Depois de discutir os resultados no contexto da literatura científica atual, o artigo oferece várias propostas para aumentar a percepção de risco entre os adolescentes: impacto mais forte de conteúdos sobre os riscos do álcool no curto prazo; estratégias educativas orientadas aos adolescentes para incluir os agentes da socialização, especialmente os pais, além de políticas centradas na substância e na redução da oferta.

ASSUNTO(S)

assunção de riscos consumo de bebidas alcoólicas adolescente

Documentos Relacionados