Avaliando a divisão modal do transporte terrestre de carga geral no Brasil usando um modelo de market share

AUTOR(ES)
FONTE

J. Transp. Lit.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-10

RESUMO

O artigo apresenta metodologia desenvolvida para avaliar a divisão modal do transporte terrestre de carga geral no Brasil e possíveis razões para a prevalência do transporte rodoviário sob o transporte ferroviário, usando um modelo de market share. Não foram encontrados estudos que utilizaram o modelo de market share para o planejamento de transporte de carga, apesar de sua natureza genérica que permite que ele seja aplicado a qualquer mercado, serviço, utilidade ou produto. A metodologia foi aplicada em três corredores de transporte, dois grupos de carga geral e permitiu entender que as operações ferroviárias brasileiras continuam pouco competitivas em termos de custos logísticos para o transporte de carga geral de alto valor agregado. Além disso, constatou-se que a oferta de transporte é um fator determinante para o maior uso do transporte rodoviário na matriz de transporte de carga geral e que a demanda para o transporte de carga geral é elástica a esse fator. Para cargas de baixo valor agregado (VA1), a redução de 1% no gap entre oferta de transporte rodoviária e ferroviária leva a um aumento de 4,5% no market share ferroviário no CT1 (São Paulo -Porto Alegre -São Paulo), 4,9% no CT2 (Santos -Brasília -Santos) e 3,3% no CT3(São Paulo -Rio de Janeiro -São Paulo). Para cargas de alto valor agregado (VA2) a elasticidade foi mais intensa. A redução de 1% no gap entre oferta de transporte rodoviária e ferroviária leva a um aumento no market share ferroviário de 4,2% no CT1, 119% no CT2 e 9,6% no CT3.

ASSUNTO(S)

divisão modal transporte terrestre de carga geral modelo de market share custos logísticos oferta de transporte

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