Avaliação retrospectiva de oito anos dos procedimentos implantodonticos associados ou não a procedimentos reconstrutivos realizados na area de cirurgia buco-maxilo-facial da Faculdade de Odontologia de Piracicaba

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

O objetivo deste estudo foi realizar por meio de um levantamento retrospectivo de oito anos um delineamento do perfil da implantodontia dentro da Área de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP-Unicamp). Foram revisados ao todo 1422 prontuários cujos pacientes deveriam ser submetidos a procedimentos reabilitadores através da instalação de implantes dentários endósseos osseointegráveis. Os pacientes em questão foram caracterizados quanto à cor, gênero, idade, história médica pregressa, vícios e queixa principal. Os procedimentos realizados foram divididos em: procedimentos reconstrutivos (distração osteogênica, lateralização do nervo alveolar inferior, enxertos ósseos autógenos, enxertos ósseos heterógenos e levantamento de seio maxilar), sendo qualificados quanto ao momento de execução (previamente à instalação de implantes, de modo concomitante, ou ainda posteriormente a estes), região dos maxilares que foram reconstruídas por meio destes procedimentos e materiais utilizados, ou ainda procedimentos implantodônticos (número, dimensões, propriedades e região de instalação dos implantes dentários). Do universo analisado 732 prontuários obedeceram os critérios de inclusão. Desses, 65,16% eram do gênero feminino, com prevalência de pacientes na quinta década de vida; 21,31% relataram alterações sistêmicas e 19,26% dos pacientes utilizavam medicação de uso contínuo. O motivo que mais levou os pacientes a buscar um tratamento reabilitador através de implantes dentários foi a ausência dentária em 33,33% dos casos. Procedimentos reconstrutivos foram empregados em 38,52% dos pacientes, sendo esses: 15 distrações osteogênicas; 6 lateralizações do nervo alveolar inferior, 256 enxertos ósseos autógenos, 31 enxertos ósseos heterógenos e 72 pacientes receberam elevações de seio maxilar. Foram instalados 1649 implantes, perfazendo uma média de 2,25 implantes por paciente sendo a região anterior de maxila a mais reabilitada com 29,29% dos implantes instalados. Ao todo 62 implantes (3,75%) foram classificados como perdas primárias, sendo que a proporção de implantes perdidos em áreas reconstruídas ou em osso nativo foi semelhante (3,86% e 3,72% respectivamente). Como conclusão observamos que o perfil da população atendida no serviço em questão é principalmente de indivíduos da cor branca, gênero feminino e idade média de 42 anos, com queixa de ausência de um ou mais elementos dentários. Os procedimentos reconstrutivos foram em sua maioria enxertos ósseos autógenos de sítios doadores intrabucais realizados previamente à instalação de implantes dentários e que a taxa de perdas primárias entre implantes instalados em osso reconstruído e em osso nativo é bastante semelhante

ASSUNTO(S)

reabilitação bucal implantes dentarios

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