Avaliação radiografica dos efeitos interativos da condição diabetica e da doença periodontal associada a placa bacteriana em ratos Wistar albinos

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1995

RESUMO

Foram utilizados 40 ratos Wistar albinos, adultos jovens, distribuídos em quatro grupos experimentais: GRUPO I não-diabéticos com irritante gengival; GRUPO 11 - diabéticos aloxânicos com irritante gengival; GRUPO III - não diabéticos com irritante gengival retirado no décimo dia; GRUPO IV - diabéticos com irritante gengival retirado no décimo dia. O diabetes foi induzido pela administração de aloxana monohidratada diluída em salina isotônica, em dose (lnica (150mg por kg de peso corporal), por via intraperitoneal. Colocou-se ao nível da região dento gengival dos primeiros molares inferiores esquerdos uma ligadura com fio de algodão para atuar como fator retentor de placa bacteriana induzindo a lesão periodontal inflamatória. Os animais sacrificados após 5, 10 e 20 dias e suas mandíbulas removidas, foram divididas na sinfisementoniana e fixadas em formol a 10% para posterior exame radiográfico. Os pnmeIros molares das hemi-mandíbulas direitas foram usados como controles contralaterais dos dentes que receberam o irritante gengiva!. Após a tomada radiográfica, procedeu-se a quantificação da perda óssea das amostras, e os percentuais de área radiolúcida em relação à área total interradicular foram tratados estatísticamente. Conforme observado pelo teste de Tukey, para todos os períodos experimentais 5, 10 e 20 dias, bem como para aquelas condições experimentais que envolviam a retirada do irritante gengival no décimo dia sendo os animais sacrificados no vigésimo dia, ocorreram perdas ósseas estatisticamente significantes maiores para os animais diabéticos em comparação aos não diabéticos. Quando se compararam às diferenças entre as médias amostrais dos animais não-diabéticos sacrificados no décimo dia e não-diabéticos sacrificados no vigésimo dia que foram submetidos à retirada do irritante no décimo dia, não ocorreu diferença estatísticamente significante. Determinaram-se retas de regressão entre a extensão da lesão periodontal e o tempo do experimento, separadamente para os diabéticos e não-diabéticos, e verificou-se que a velocidade da progressão da lesão foi maior para os ratos diabéticos. Essa diferença encontrada entre os coeficientes de regressão revelou-se também estatisticamente significante. Em relação ao molares contralaterais que não foram submetidos à colocação do irritante, observou-se, pelo teste de Tukey, um aumento significante na. espessura do espaço do ligamento periodontal para os grupos diabéticos e não-diabéticos sacrificados no vigésimo dia, em comparação ao diabéticos e não-diabéticos sacrificados no quinto dia do experimento. Os resultados sugerem que o diabetes, por si só, não provoca a doença periodontal associada à placa bacteriana no período experimental estudado. Porém, os animais diabéticos são mais susceptíveis à ação do irritante periodontal, quando comparados ao não-diabéticos, fato este indicativo de que a condição diabética atua como agente modificador do curso da lesão periodontal, desenvolvendo-se esta de forma mais acelerada que as lesões periodontais em evolução nos ratos não-diabéticos.

ASSUNTO(S)

doença periodontal diabetes

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