Avaliação pré-clínica de Luffa operculata Cogn. e seu principal princípio ativo no tratamento da rinossinusite bacteriana
AUTOR(ES)
Silva, Leonardo, Costa, Henrique Olival, Souza, Flávia Coelho de, Lopes, Elaine Monteiro Cardoso, Ueda, Suely Mitoi Ykko
FONTE
Braz. j. otorhinolaryngol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2018-01
RESUMO
Resumo Introdução A prevalência de rinossinusite (RS) é bastante alta. Apesar do uso generalizado de antibióticos para RS, existem outras formas de tratamento, incluindo a fitoterapia. Uma das ervas medicinais mais utilizadas no tratamento da RS é a Luffa operculata. Objetivo Esse estudo teve como objetivo avaliar a eficácia da solução tópica nasal do extrato aquoso de Luffa operculata, determinando a toxicidade ao seu uso e identificando os princípios ativos apresentados no extrato aquoso. O objetivo secundário foi avaliar a ação dos princípios ativos sobre as bactérias comumente envolvidas na RS aguda. Método O estudo foi realizado em modelo experimental de sinusite. Utilizaram-se três concentrações diferentes de Luffa operculata como tratamento local de RS. Os resultados foram comparados com os observados em grupos de controle que receberam solução salina nasal. O exame histológico do fígado, rim, baço, miocárdio, cérebro e pulmões de todos os animais avaliou a toxicidade de Luffa operculata. O extrato aquoso utilizado foi submetido à análise cromatográfica e um princípio ativo foi isolado e testado para inibição in vitro de colônias bacterianas normalmente encontradas em RS. Resultados O tratamento intranasal da sinusite com Luffa operculata mostrou melhor evolução clínica do que o do grupo controle. Foi observada diferença estatisticamente significante (p > 0.10) entre o grupo tratado e o grupo controle na avaliação histológica do padrão inflamatório. O extrato aquoso de Luffa operculata utilizado apresentou predominância do ácido 2,3-dicafeoilglicarico, substância ainda não descrita na literatura. Houve uma diferença significativa no crescimento bacteriano de Streptococcus pyogenes em placas de ágar-sangue quando sob a influência tanto do extrato aquoso quanto da substância ativa. Conclusão A solução tópica nasal do extrato aquoso de Luffa operculata é eficaz em comparação com a aplicação de solução salina para o tratamento de RS bacteriana em um modelo experimental. Luffa operculata determinou a inibição in vitro do crescimento de Streptococcus pyogenes.
ASSUNTO(S)
sinusite terapêutica luffa microbiologia streptococcus pyogenes
Documentos Relacionados
- Avaliação diagnóstica da cardiomiopatia hipertrófica em fase clínica e pré-clínica
- Avaliação diagnóstica da cardiomiopatia hipertrófica em fase clínica e pré-clínica
- ContribuiÃÃo ao Conhecimento QuÃmico - FarmacolÃgico de Plantas do Nordeste do Brasil: Luffa operculata Cogn
- Avaliação da toxicidade pré-clínica de compostos iodado e mesilado, análogos ao metronidazol
- Avaliação pré-clínica de lipossomas pH-sensíveis de longa circulação contendo cisplatina