Avaliação por tomografia computadorizada de feixe cônico da relação entre o intervalo atlantodental e a morfologia esquelética facial em adolescentes

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. j. otorhinolaryngol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-12

RESUMO

Resumo Introdução: Na população pediátrica, a tomografia computadorizada da coluna cervical alta tem um importante papel no diagnóstico de lesões neurológicas que envolvem essa região. Devido à natureza interconectada das estruturas craniofaciais, espera-se que uma mudança estrutural em uma delas também cause alterações nas outras estruturas. Objetivo: Avaliar as relações entre o intervalo atlantodental, a morfologia vertebral cervical e a estrutura facial em adolescentes saudáveis com a tomografia computadorizada de feixe cônico. Método: Trinta indivíduos entre 14 e 20 anos (10 homens, média de 17,2 anos; 20 mulheres, média de 17,9 anos) foram incluídos no estudo. O intervalo atlantodental anterior, lateral e posterior e as dimensões vertical e anteroposterior da primeira e segunda vértebras cervicais foram avaliados a partir de imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico. A morfologia facial foi avaliada utilizando-se sete parâmetros em imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico cefalométricas laterais e seis parâmetros em imagens posteroanteriores. O teste U de Mann-Whitney e o teste de Wilcoxon foram utilizados para as análises estatísticas. Resultados: As comparações entre homens e mulheres mostraram que em sua maioria os parâmetros foram maiores no sexo masculino, com diferenças significantes nas dimensões faciais verticais (altura facial anterior inferior: p = 0,05; altura facial anterior superior: p = 0,001), distância entre o ponto mais interno da sutura fronto-zigomática e plano de referência médio-sagital; p = 0,01distância entre o ponto mais profundo do processo alveolar do maxilar direito e o plano de referência médio-sagital; p = 0,001) e as dimensões do corpo vertebral C2. O intervalo atlantodental anterior e lateral correlacionaram-se com o ângulo da posição da maxila em relação à mandíbula e o intervalo atlantodental anterior correlacionou-se com altura facial anterior inferior (p = 0,05). Medidas das dimensões das vértebras C1 e C2 foram correlacionadas com as alturas faciais anteriores e alguns parâmetros póstero-anteriores. Conclusão: As dimensões e posições faciais sagitais, verticais e transversais foram fortemente associadas às dimensões dos corpos vertebrais C1 e C2 e a relação maxilomandibular pode afetar o intervalo atlantodental. Portanto, incluir características craniofaciais na avaliação da área atlantodental e das distâncias vertebrais em adolescentes pode ser benéfico.

Documentos Relacionados