Avaliação microbiológica das diferentes formulações anti-sépticas-polivilipirrolidona-iodo e clorexidina - após contaminação intencional das almotolias / Microbiological evaluation of different antiseptic povidone-iodine and chlorhexidine formulations after intentional contamination of the solution recipients

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

Introdução: Há relatos na literatura sobre anti-sépticos que sofreram contaminação, reportados como causas de surtos de infecção em estabelecimentos de assistência à saúde. Em relação aos recipientes que veiculam essas soluções, a preferência por almotolias descartáveis, de pequeno volume, que possibilitem a individualização do uso e o consumo rápido do produto é largamente difundida. No entanto, constata-se que a utilização de almotolias coletivas e reprocessáveis, tem sido a prática mais comum nas instituições de saúde do país. A forma de processamento de almotolias para envase de anti-sépticos não está esclarecida na literatura e é amplamente discutida nos serviços de saúde sem respaldo científico. Objetivos: os objetivos deste estudo constituiram-se em avaliar a sobrevivência dos microrganismos nas diferentes formulações dos anti-sépticos - CHX e PVPI-I - após contaminação intencional das almotolias com Serratia marcescens e extrapolar os resultados laboratoriais para o cuidado mínimo a ser dispensado às almotolias de múltiplo uso para o envase dos anti-sépticos testados. Método: Foi conduzido um estudo laboratorial, em que 180 almotolias foram contaminadas com 1 x 105 UFC/mL de suspensão contendo S. marcescens. Nas almotolias contaminadas, foram distribuídos 150 mL das seis diferentes formulações de anti-sépticos (CHX e PVP-I nos veículos alcoólico, degermante e aquoso), sendo testadas 30 almotolias para cada solução. Os frascos foram tampados e armazenados em temperatura ambiente por 7 dias com agitação diária. Alíquotas de 1 mL de cada uma das soluções anti-sépticas foram diariamente pipetadas e transferidas para os tubos contendo meio de cultura TSB. Os meios inoculados foram incubados em temperatura ambiente durante 21 dias. Resultados: Os resultados foram 100% de ausência de crescimento do contaminante-teste nas soluções, demonstrando uma capacidade dos anti-sépticos em incorporar microrganismos na ordem de pelo menos 105 UFC/mL. Conclusões: Considerando que as almotolias apenas limpas carreiam microrganismos vegetativos da água do enxágüe, na ordem de 102 UFC, os resultados desta investigação permitem a recomendação de que a limpeza como procedimento mínimo no processamento desses recipientes garante a segurança de sua utilização repetida para distribuição dos anti-sépticos testados - clorexidina e PVP-I

ASSUNTO(S)

contaminação antiseptic anti-séptico contamination infecção hospitalar almotolia cross infection

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