AVALIAÇÃO FÍSICO-QUIMICA DE FRUTOS DO CERRADO IN NATURA E PROCESSADOS PARA A ELABORAÇÃO DE MULTIMISTURAS.
AUTOR(ES)
BRUNO DE ANDRADE MARTINS
DATA DE PUBLICAÇÃO
2006
RESUMO
Muitas espécies nativas do cerrado brasileiro constituem importantes fontes, em potencial, de exploração econômica. Verificam-se poucas informações a respeito das características da biodiversidade do cerrado, assim como de tecnologias adequadas de processamento para produtos alimentícios. Desta forma, este trabalho teve como objetivos avaliar as propriedades físico-químicas de frutas do cerrado, in natura e processadas, com o intuito de gerar informações da possibilidade do uso em multimisturas, além de despertar a comunidade científica sobre o potencial dos frutos nativos para a elaboração de novos produtos e complementos nutricionais. Para isso, foi necessário, determinar a composição nutricional dos frutos in natura (araticum, baru, cagaita, cajuí, jatobá, lobeira e mangaba); processá-los por meio de tecnologias viáveis e aplicáveis, como a torrefação ou liofilização, de acordo com suas características intrínsecas, e verificar alterações em suas composições nutricionais após a desidratação, por meio de análises físico-químicas, em triplicatas, conforme as normas do Instituto Adolfo Lutz. As frutas, araticum, cagaita, lobeira e mangaba apresentaram propriedades satisfatórias para o consumo in natura, pois são ricas em nutrientes. O processo de liofilização, apesar de lento e de aplicação limitada, apresentou a vantagem de manter, praticamente inalterados, alguns atributos de qualidade, aumentando a vida-de-prateleira e a disponibilidade das frutas sazonais, além de reduzir o peso e o volume. O araticum e a lobeira mostraram-se adequados, após liofilização, devido à textura e rendimento, mantendo algumas características sensoriais. Os frutos sólidos (baru, cajuí e jatobá) apresentaram excelentes propriedades para o consumo, ricas em nutrientes, como proteínas, lipídios e minerais, além das características de alimentos seguros, no ponto de vista microbiológico. O processo de torrefação, utilizado para desidratar o baru e o jatobá, mostrou-se rápido e sem risco à saúde do manipulador. A utilização da biodiversidade do Cerrado pode ser uma alternativa econômica para o desenvolvimento sustentado da região.
ASSUNTO(S)
desenvolvimento sustentável geociencias processing processamento físico-química brazilian savanna physico-chemical sustainable development cerrado
ACESSO AO ARTIGO
http://tede.biblioteca.ucg.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=187Documentos Relacionados
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