Avaliação do teste de respiração espontânea na extubação de neonatos pré-termo
AUTOR(ES)
Andrade, Lívia Barboza, Melo, Thaís Myrian Aragão, Morais, Danielle Ferreira do Nascimento, Lima, Marcela Raquel Oliveira, Albuquerque, Emídio Cavalcanti, Martimiano, Paula Honório de Melo
FONTE
Revista Brasileira de Terapia Intensiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010-06
RESUMO
OBJETIVO: O teste de respiração espontânea (TRE) antes da extubação fornece informações sobre a capacidade de respirar espontaneamente. O objetivo desse estudo foi verificar se o TRE é preditor de sucesso da extubação. MÉTODOS: Estudo de perfil observacional, longitudinal e prospectivo. Após eleitos para extubação, 60 recém nascidos pré-termo foram divididos em dois grupos: TRE (n= 30), pressão positiva contínua de vias aéreas durante 30 minutos, e controle (n=30), extubados sem o teste. Foram avaliados antes, aos 10, 20 e 30 minutos do grupo TRE, a freqüência respiratória e cardíaca, saturação de pulso de oxigênio e boletim de Silverman e Andersen. Peso, idade gestacional, Apgar, pressão média de vias aéreas, fração inspirada de oxigênio (FiO2) e tempo de cânula orotraqueal foram analisadas intra-grupos e quanto ao sucesso e falha na extubação. O Qui-quadrado para associações das variáveis categóricas e Mann-Whitney para distribuição não-normal. O sucesso na extubação foi 48 horas sem necessidade de reintubação. RESULTADOS: Não houve diferença significante nas variáveis analisadas, exceto pressão média de vias aéreas. As variáveis analisadas durante o TRE (freqüência respiratória e cardíaca, saturação de oxigênio e boletim de Silverman e Andersen) não demonstraram alterações significantes. Comparado sucesso e falha na extubação houve diferença significativa para FiO2 e peso atual no controle, indicando que a FiO2 maior e o peso menor indicam falha na extubação. Houve associação significante entre realização do TRE e sucesso na extubação. CONCLUSÃO: Houve associação significante do TRE e o sucesso na extubação, indicando que, no grupo que realizou o teste observou-se maior sucesso na extubação comparado ao controle.
ASSUNTO(S)
prematuro respiração artificial terapia intensiva neonatal
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