Avaliação do tecido glandular mamario residual em mastectomias com preservação de pele

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

OBJETIVOS: Determinar a prevalência e a quantidade de tecido glandular mamário residual, assim como a prevalência e o tipo de alterações epiteliais proltferativas no retalho cutâneo em mulheres que foram submetidas à mastectomia com preservação de pele.SUJEITOS E MÉTODO:Foi realizado um estudo clínico e descritivo com 42 pacientes portadoras de carcinoma de mama, estádios O,I, 11 e 111,e candidatas a tratamento cirúrgico com mastectomia seguida de reconstrução mamária imediata, atendidas no Ambulatório de Oncologia Mamária do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher da Universidade Estadual de Campinas, no período de junho de 2003 a janeiro de 2004. Antes da cirurgia foram desenhadas duas linhas na pele da mama, representando as incisões da mastectomia com preservação de pele e da mastectomia convencional. As cirurgias foram realizadas pela menor incisão e, imediatamente após, o retalho cutâneo que permaneceria depois da mastectomia com preservação de pele foi retirado e as cirurgias prosseguiram - com a reconstrução mamária imediata. Para cada retalho de pele foram mensuradas as espessuras e preparadas 80 lâminas, coradas pelo método de hematoxilina-eosina para análise por microscopia óptica. Na análise histológica o tecido glandular mamário foi identificado pela presença e quantidade de unidades dueto-terminais lobulares (UDTL), e as alterações proliferativas foram descritas, quando presentes. Para verificar a associação entre as variáveis: presença ou ausência de UDTL, alteração epitelial proliferativa e espessura do retalho cutâneo com idade, índice de massa corpórea, estado menopausal, estadiamento clínico e patológico, volume da mama, densidade mamográfica, quimioterapia neo-adjuvante, tipo de cirurgia e presença de componente intraductal extenso, utilizou-se o teste exato de Fisher, considerando-se diferença estatística significante com p-valor = 0,05. A espessura da pele foi estudada como variável contínua através de curva ROC (teeeiver oparator characteristic). RESULTADOS: A prevalência de tecido glandular mamário residual foi de 59% (25 I 42) e, entre as variáveis estudadas, somente a espessura do retalho cutâneo >5mm associou-se significativamente com a presença de UDTL. Em 10% (4 I 42) das pacientes foi encontrada como alteração epitelial proliferativa, neoplasia residual na pele, que se associou à espessura>5mm e também à presença de UDTL. A curva ROC mostrou que conforme a espessura do retalho cutâneo diminui, menor é a probabilidadede existir UDTL no retalho de pele. CONCLUSÕES: Em mais da metade das mulheres submetidas à mastectomia com preservação de pele, existiu tecido glandular mamário residual e em 10% delas encontrou-se neoplasia residual no retalho- cutâneo. A presença de tecido glandular mamário e de neoplasia - residual, aumentaram e foram significativamente maiores quanto maior a espessura do retalho cutâneo.

ASSUNTO(S)

mamas - cancer - cirurgia mastectomia

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