Avaliação do potencial fitotóxico, citotóxico e genotóxico de efluente hemodialítico

AUTOR(ES)
FONTE

Engenharia Sanitaria e Ambiental

DATA DE PUBLICAÇÃO

2022

RESUMO

RESUMO Cresce o número de pacientes em tratamento hemodialítico e, com isso, o volume de efluente gerado. Esse efluente possui alta concentração de sais, compostos nitrogenados e matéria orgânica; ainda, pode conter fármacos e microrganismos. No âmbito municipal, o efluente gerado é aportado nas redes de esgoto e lançado em recursos hídricos superficiais. Testes toxicológicos com o uso de sementes fornecem confiáveis respostas, com simplicidade e baixo custo de procedimentos e materiais; todavia, não possibilitam identificar o agente causador de toxidez, mas da toxicidade do conjunto de contaminantes. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi avaliar fitotoxicidade, citotoxicidade e genotoxicidade do efluente hemodialítico gerado no maior hospital da região sul do Rio Grande do Sul. Utilizaram-se amostras compostas coletadas no início, meio e fim de cada sessão, em cinco máquinas e diferentes turnos. Foram testados efluente puro e diluído, água para composição do dialisato, dialisato puro e diluído e controle. Os testes de fitotoxicidade foram realizados com sementes de pepino Verde Comprido, alface Regina de Verão e Rabo-de-Galo. Para análises de citogenotoxicidade, utilizaram-se sementes de cebola Baia Periforme. Observou-se que o efluente hemodialítico e o dialisato puros exerceram efeito tóxico em todas as sementes analisadas. Embora o efluente diluído não tenha causado fitotoxicidade na alface e no pepino, testes de citogenotoxicidade mostraram diminuição do índice mitótico e aparecimento de aberrações cromossômicas em células de cebola, indicando toxicidade em nível celular e genético. Esses resultados permitem concluir que tal efluente não pode ser aportado diretamente em recursos hídricos, tampouco reutilizado na irrigação sem tratamento prévio.

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